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Grande ABC tem um respirador mecânico para cada 2.045 pessoas

Equipamento é fundamental nas UTIs para garantir a sobrevivência de pacientes acometidos pelas formas graves da Covid e em crise respiratória

Por Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
01/06/2020 | 07:00
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Pixabay


 Cinco minutos fazem toda a diferença na luta entre a vida e a morte nos leitos de hospitais que tratam pacientes com a Covid-19. O tempo, porém, precisa ter como aliado uma boa estrutura para que hajam mais motivos para rir do que chorar nos corredores dos centros médicos. E quando se fala de doença que atinge, principalmente, os pulmões, contar com respiradores mecânico é decisivo. Na região, existe um aparelho do tipo para cada 2.045 munícipes contando apenas a rede do SUS (Sistema Único de Saúde). Essa é a principal razão pela qual as autoridades apelam pelo isolamento físico, para que a estrutura hospitalar dê conta de atender a demanda.

A capacidade da região é considerada boa e está posicionada na sétima colocação dentro do Estado. A Capital, em terceiro, tem estrutura um pouco melhor, com um aparelho para cada 1.721 pessoas. Quase a mesma taxa que a região de São José do Rio Preto, no Interior, que tem os melhores índices de São Paulo, com um respirador a cada 1.576 munícipes. Os dados foram compilados pela AP (Associated Press) com base nas informações do DataSus, banco de dados do Ministério da Saúde.

Quando olhamos para o restante do Brasil, os números mostram que São Paulo, o mais rico e populoso, lidera com 19.244 respiradores (veja relação completa ao lado). Proporcionalmente ao número de habitantes, porém, está bem atrás do Distrito Federal, com 1.390 aparelhos por pessoa, Rio de Janeiro (1.983) e Mato Grosso (2.308).

Ter respirador à disposição da população é fator preponderante para que se inicie a flexibilização da quarentena, o que vai acontecer a partir de hoje, na Capital – o Grande ABC pode ser liberado na quarta-feira. Não existem dados do governo do Estado específicos de respiradores livres, mas os leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) – normalmente equipados com o aparelho – na Grande São Paulo estão com capacidade variando entre 88% e 92% na última semana.

Justamente isso que alertam os médicos que estão na linha de frente no combate à Covid-19. “Ter um respirador é fundamental para salvar a vida de um paciente acometido pelo novo coronavírus em caso grave. A evolução da doença é tão rápida que não dá tempo de transferir para uma unidade que tenha o equipamento. Muitas vezes estamos acompanhando o quadro dos pacientes e não sabemos quando pode acontecer uma crise respiratória. Por isso, termos esse respaldo estrutural nos garante confiança”, explica o infectologista do Hospital Santa Ana, de São Caetano, Paulo Rezende.

“O paciente com parada cardiorespiratória por cinco minutos é considerado morto. São manobras que temos que fazer muito rapidamente dentro do centro médico. Não dá tempo de transferir para outro local. O respirador nos permite injetar oxigênio de acordo com a necessidade e permitir a recomposição do paciente. Por isso esse equipamento está sendo tão comentado desde que se instalou a pandemia da Covid-19”, destacou o infectologista.




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