Política Titulo Salão de beleza e academias
Prefeitos preferem aguardar pelo STF

Presidente classificou serviços como essenciais, o que permitiria a reabertura na quarentena

da Redação
13/05/2020 | 00:01
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Os prefeitos de Santo André, Paulo Serra (PSDB), e de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), declararam que vão aguardar manifestação do STF (Supremo Tribunal Federal) antes de tomar alguma decisão a respeito da reabertura de salões de cabeleireiro e academias, colocados como estabelecimentos prestadores de serviços essenciais em decreto editado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na noite de segunda-feira.

Em transmissões ao vivo, os tucanos voltaram a defender o isolamento físico como medida mais eficaz no combate à pandemia do novo coronavírus. Porém, avisaram que não se anteciparão enquanto o Supremo não der o veredicto.

Em abril, quando governos estaduais e municipais estabeleceram normas mais rígidas de isolamento na comparação com as intenções do governo federal, o STF sustentou que Estados e municípios tinham autonomia suficiente para endurecer as regras para mitigar os efeitos da Covid-19.

“O Supremo já decidiu que podemos aumentar a restrição, não diminuir. Por isso vou esperar o Supremo se posicionar. Antes disso, não podemos fazer nada”, alertou Paulo Serra, em sua live.

O prefeito de Santo André, entretanto, se manifestou contrariamente à abertura de academias. “Você imagina as pessoas fazendo seus exercícios físicos em um lugar fechado? Estão suando, revezando os aparelhos. Não acho razoável abrir”, adiantou.

Auricchio seguiu a linha. “É saudável que façamos exercício, mas quem garante de que maneira haverá a desinfecção dos equipamentos nas academias? Ninguém consegue fazer atividade física com máscara permanentemente, ou seja, há esse problema. Vamos aguardar a decisão judicial, mas recomendo que não abram essas atividades.”

Ontem, Bolsonaro criticou governadores que, previamente, avisaram que não seguiriam seu decreto e não considerariam barbearias e academias como serviços essenciais. “O afrontar o estado democrático de direito é o pior caminho, aflora o indesejável autoritarismo. Nossa intenção é atender milhões de profissionais, a maioria humilde, que desejam voltar ao trabalho.” 




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