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País cai em ranking de expectativa de contratação
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
28/07/2011 | 07:09
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Claudinei Plaza/DGABC


 

O índice de emprego vem caindo desde o fim do ano passado. Segundo o International Business Report 2011 da Grant Thornton, o Brasil perdeu 16 posições no ranking de expectativas sobre contratações. No segundo trimestre, esse o índice foi de 26%. Nos primeiros três meses a taxa de emprego era de 32% e de 55% no quarto trimestre de 2010. O percentual já está abaixo da média global de 32%. A pesquisa abrange mais de 11 mil empresas em 39 países.

Para o diretor do Ciesp de São Bernardo, Mauro Miaguti, os empresários estão cautelosos em fazer investimentos diante do cenário econômico e com a política atual. “Com a alta dos juros e câmbio desfavorável para o País, é mais vantajoso importar itens do que contratar pessoas e gastar com matéria-prima”, destaca.

Responsável pelo IBR na América Latina, Javier Martinez completa que a crise financeira internacional aliada à volatilidade do câmbio estão mexendo com a confiança dos empresários e influenciando na queda de otimismo para as expectativas de emprego nas companhias privadas brasileiras.

Mesmo com esses resultados, o diretor da IBR Leandro Scalquette defende que a pesquisa não é toda negativa. Para ele, os dirigentes empresariais estão com os pés no chão e fazendo investimentos mais sustentáveis. “A economia está avançando em passos mais lentos, porém, largos. É uma forma mais consciente e duradoura.”

POSIÇÕES - Os países mais otimistas com o nível de emprego nas empresas foram a Índia (76%), Turquia (60%) e Suíça (56%). Entre os mais pessimistas estão Holanda (-24%), Grécia (-20%) e Espanha (-19%).

“Há muita incerteza ainda com o futuro da economia de alguns países da Zona do Euro. Os governos e organizações mundiais como o FMI precisam demonstrar que serão capazes de guiar a economia e tomar as decisões que passem credibilidade, somente assim os empresários poderão elevar a confiança de que não ocorrerá estagnação”, avalia Javier.

Regionalmente, a América do Norte é a maior empregadora (46%). Os países do Bric (Brasil, China, Rússia e Índia) respondem por 39%. Na contramão, as regiões que apresentam o menor percentual de empresários contratando são o grupo dos países europeus com maiores problemas econômicos, Portugal, Itália, Grécia e Espanha (-15%) e América Latina (31%).

 




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