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Tite pretende protocolar CPI da Aciscs logo após o recesso
Junior Carvalho
Raphael Rocha
26/07/2019 | 06:57
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Líder do governo na Câmara de São Caetano, Tite Campanella (Cidadania) afirmou que projeta protocolar na primeira sessão após o recesso, em 6 de agosto, pedido de CPI para investigar supostas irregularidades em contrato de campanha de Natal da gestão do ex-prefeito Paulo Pinheiro (DEM) com a Aciscs (Associação Comercial e Industrial de São Caetano), então presidida por Walter Estevam Junior.

O parlamentar assegurou que o requerimento da CPI já possui apoio de nove parlamentares, dois a mais do que estabelece o regimento interno da casa para instauração da comissão. “O número suficiente (de assinaturas) eu já tenho, mas quero pegar o maior número possível para que a gente tenha uma posição mais equânime entre os vereadores. Tenho nove assinaturas, mas gostaria de ter 19”, frisou Tite, mencionando o total de vereadores na casa.

De acordo com líder do governo, a gestão José Auricchio Júnior (PSDB) deve encaminhar ao Legislativo entre hoje e segunda-feira respostas ao requerimento, aprovado no fim de junho, no qual a casa pediu detalhes do convênio, celebrado em 2016. “Tenho conversado com alguns vereadores nesse período de recesso para que, quando a gente voltar, todo mundo já ter cópia do requerimento de informações (respondido), já vai ter analisado o documento. E eu também estou à disposição para qualquer esclarecimento com relação aos problemas deste convênio e para conseguir assinatura de todos eles. (A ideia é que) Quando começarmos os trabalhos, protocolarmos o pedido de abertura de CPI.”

A investigação terá como mote apurar suposta ilegalidade no uso de recursos em convênio, de R$ 1,2 milhão, celebrado com a Aciscs há três anos para a realização da campanha Natal Iluminado. O Palácio da Cerâmica suspeita de desvio de verbas do repasse, já que o TCE (Tribunal de Contas do Estado) apontou falhas na prestação de contas e até identificou pagamentos de refeição regada à chope e cerveja.

O Diário revelou o caso em abril e, desde então, a Aciscs, atualmente presidida por Moacir Passador Junior, aliado de Estevam, tem tentado blindar o ex-mandatário da entidade. A associação chegou a ingressar, sem sucesso, com pedido de liminar na Justiça para tentar reverter pedido do governo Auricchio de devolução dos recursos aos cofres públicos – o processo ainda tramita. “Não existe caça às bruxas. Hoje há uma fiscalização muito grande de órgãos de controle, como o TCE e o Ministério Público e é muito estranho existir um convênio assinado de R$ 1 milhão e não ter prestação de contas condizente. Não conseguem comprovar em que esse dinheiro (repassado pela Prefeitura em 2016) foi gasto”, pontuou Tite. 




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