Antes de mais nada, tem propósito de ser espaço de convivência, onde os artistas possam levar seu processo criativo para outro lugar além de seu habitar natural
A região ganha um espaço dedicado à produção artística, com a sugestão de fomentar, fazer pulsar a cultura produzida no Grande ABC. É disso que se trata o ateliê residência Casa Sete, situado no Centro de São Bernardo (Rua Carlos Gomes, 130), cuja inauguração está marcada para sábado, a partir das 11h. A entrada é gratuita.
Assim como no nome, a Casa Sete conta com o mesmo número de ateliês. Atualmente, a residência hospeda os artistas Marcia Rosenberger, Daniel Perez e Ricardo Sanchez, além de espaços para criativos de todas as formas, como o Coletivo Contra Fluxo e a Agência Banana River. E a produção não precisa ser, necessariamente, para arte visual. Cabem música, cinema, teatro.
Segundo Thomaz Pacheco, um dos idealizadores do local, a Casa, antes de mais nada, tem propósito de ser espaço de convivência, onde os artistas possam levar seu processo criativo para outro lugar além de seu habitar natural. E não, necessariamente, de forma solitária. Mas que possam interagir, se quiserem com quem mais estiver por lá na produção.
Pacheco explica que hoje tem uma questão fundamental para os artistas, que é a disponibilidade financeira para ter um ateliê e poder se concentrar 100% nessa atividade. “As pessoas precisam sempre produzir com a preocupação de ter o dinheiro para pagar ateliê, aluguel, comprar material”, explica.
Pacheco acredita que, ao passo que o produtor não tem essa preocupação, consegue criar de forma mais honesta, intuitiva, natural e simples. “Quando a gente fala que a Casa é um espaço para levar processo criativo para outro lugar, é nisso que estamos pensando. Dar possibilidade de artistas se encontrarem, e juntos, pensarem em novas possibilidades para tudo”, afirma.
Os artistas que usarem a Casa Sete como espaço para realizarem suas produções não precisarão desembolsar nada. Segundo o idealizador, o ateliê não é uma instituição para dar lucro. “Tem intuito de dar possibilidade da criação”, explica. Ele diz ainda que o ateliê residência se manterá com financiamentos coletivos, por exemplo. E até mesmo com parcerias de empresas que queiram usar o local para pensar em suas demandas de formas criativa. A ideia é que essas campanhas – vaquinhas coletivas – de patronos aconteçam de seis em seis meses, mesmo tempo que os artistas poderão usufruir do local.
As pessoas que quiserem utilizá-lo deverão participar de editais, que serão semestrais. O interessado defende seu projeto e se, for aprovado, pode entrar naquele semestre e desfrutar do espaço por seis meses. Em contrapartida, os utilizadores serão responsáveis por ministrar cursos e atividades.
Todo último sábado de cada mês a Casa Sete realizará uma feira de criativos e, além dos residentes, convidará outras pessoas para ocupar o espaço na data. “É interessante que começamos a criar um circuito cultural na região (central). A Oma Galeria (na mesma rua) também tem no último sábado do mês o Diálogos de Arte Contemporânea. Agora a Casa, com isso. Está rolando uma movimentação, de fato, no entorno”, encerra.
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