Pleito estava marcado para hoje, mas, por incompatibilidade de agenda, foi transferido
O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC postergou pela terceira vez a eleição do presidente da entidade, que estava marcada para hoje de manhã. A informação oficial foi a de que houve incompatibilidade de agendas dos prefeitos.
O pleito inicialmente foi marcado para o dia 4 de dezembro, mas a ausência do prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), provocou o primeiro adiamento. A escolha foi transferida para o dia 14, porém, no dia anterior, o prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), foi preso pela segunda vez em operação da PF (Polícia Federal).
O Diário apurou que a medida foi tomada ontem porque a prefeita em exercício de Mauá, Alaíde Damo (MDB), informou não estar na cidade. A emedebista teria dito que quer participar da definição do próximo presidente do Consórcio. Com isso, o pleito interno deve ser remarcado para semana que vem.
A situação do Consórcio está envolta a incertezas sobre o futuro. Depois de ano de baixas – São Caetano e Rio Grande da Serra decidiram se desfiliar da entidade – e de críticas, o colegiado escolheria ontem se ficará sob responsabilidade de Paulo Serra ou do prefeito de Ribeirão Pires, Adler Kiko Teixeira (PSB).
Após dois anos de mandato à frente da entidade regional, Morando defendeu sua atuação, citando corte de gastos. “O balanço é extremamente positivo no aspecto desempenho versus economicidade. Foi a gestão que menos gastou, que mais poupou e que permitiu aos municípios a realização de menor desembolso”, comentou o tucano, lembrando que houve queda no repasse para custeio do colegiado, de 0,5% da receita corrente líquida para 0,17%.
Sobre o desligamento de São Caetano e Rio Grande – que se juntaram a Diadema, que havia pedido desfiliação do Consórcio em 2017 –, Morando afirmou lamentar que “movimentações políticas” tenham sido tomadas acima dos interesses regionais. “ Respeito, porque o município tem autonomia para isso, mas considero triste. Em especial Rio Grande e São Caetano, pois os atuais prefeitos (Gabriel Maranhão, sem partido, e José Auricchio Júnior, PSDB, respectivamente) foram presidentes do Consórcio e nada fizeram sob aspecto de mudança. É triste ver posições políticas como essa. O Consórcio está acima de gestores que pensam dessa forma. O Consórcio é a instituição, estamos de passagem. O Consórcio tem de ter sua permanência e tenho certeza que vai permanecer.”
Cotado para presidir o Consórcio, Paulo Serra já disse que o atual modelo “se esgotou” e defendeu a construção de outra relação entre as prefeituras. “Meu papel será conversar com todos os prefeitos para pensarmos em novo modelo. Não vi prefeito se manifestar contra a importância da política regional”, comentou o tucano, no fim de novembro.
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