Política Titulo Parecer
Apenas Nishikawa tem contas rejeitadas da bancada regional

Dos oito eleitos, estadual do PSL foi o único contestado pelo TRE-SP; demais tiveram balanço financeiro avalizado pela Corte, com ressalvas

Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
18/12/2018 | 07:10
Compartilhar notícia
Nario Barbosa/DGABC


Dos oito deputados eleitos pelo Grande ABC, apenas Coronel Nishikawa (PSL), que a partir de janeiro será parlamentar estadual, teve as contas de campanha rejeitadas pelo TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo). Ele pode recorrer da decisão. Segundo a Corte, o parlamentar eleito não conseguiu comprovar recolhimento da sobra financeira de campanha, no valor de R$ 82,75. O futuro deputado apresentou extratos ilegíveis, o que contraria regras do tribunal.

Além disso, o relator Nuevo Campos indicou que o político despendeu R$ 1.050 para confeccionar peças publicitárias após o pleito, o que também é considerado falha. Conforme a SCI (Secretaria de Controle Interno), entidade que fiscaliza e avalia os resultados obtidos pela gestão orçamentária de campanhas, a ausência de repasse das sobras financeiras do pleito é um fato grave e compromete a regularidade das contas, pois pode resultar em apropriação indevida dos recursos.

Questionado pelo Diário, Nishikawa informou apenas que já prepara alguns embargos para poder reverter a situação. “Já estou tomando as providências necessárias”, alegou, de maneira sucinta.

Intimado pela SCI a esclarecer os fatos ainda no curso do processo, o parlamentar não se manifestou acerca das irregularidades apontadas no relatório. Eleito com 23.094 votos, garantindo a cadeira por meio do quociente eleitoral, Nishikawa arrecadou R$ 33.954,56 para fazer sua campanha à Assembleia.

BANCADA DA REGIÃO
Da bancada regional, seis tiveram as contas aprovadas pelo TRE-SP, porém, todos com ressalvas. Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT), reeleito para a Câmara Federal, terá de devolver R$ 700 em doação via moeda virtual.

Reeleito com 127.366 votos, o deputado federal Alex Manente (PPS) alegou que é dever de todo político fiscalizar sua contabilidade. “Fico feliz. Todas as minhas contas de campanha, de todas as vezes em que fui candidato, foram aprovadas. Fico feliz em poder ser diplomado amanhã (hoje) como deputado mais votado do Grande ABC”. A Corte questionou R$ 36.132,51 entre sobra de campanha e despesa não comprovada.

Márcio da Farmácia (Podemos) e Luiz Fernando Teixeira (PT) superaram apontamentos feitos por órgãos técnicos e tiveram a contabilidade avalizada pela Justiça Eleitoral – o atual vice-prefeito de Diadema terá de devolver R$ 30 por gastos não comprovados e o petista, R$ 363,55, pelo mesmo motivo.

Debutante na Assembleia, Thiago Auricchio (PR) teve sua conta aprovada com ressalvas devido pagamento de honorários utilizando recursos do fundo especial. Ele terá que retornar R$ 14,97 ao Tesouro Nacional. Primeira-dama de São Bernardo, Carla Morando (PSDB) também teve o balanço de campanha referendado pela Corte, com ressalvas.

O único nome da região que ainda não teve a conta julgada foi Teonilio Barba (PT), estadual reeleito. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;