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Miss Universo: tradição na televisão

Renata Fan comanda esta noite, ao vivo, mais um Miss Universo; participante de Piauí representa o Brasil

Marcela Munhoz
26/11/2017 | 07:00
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Divulgação/Band


 Há 66 anos, o Miss Universo reúne as representantes de cada país para uma espécie de Oscar da beleza. Esta noite mais uma representante brasileira vai tentar trazer a ‘estatueta’ para casa. Monalysa Alcântara tem 18 anos e nasceu no Piauí. Ela está confinada desde o dia 12 em Las Vegas, nos Estados Unidos, onde o concurso já ganhou vida.

Monalysa desfilou o traje típico – de nome Deusa Protetora da Natureza, avaliado em R$ 30 mil – e hoje vai tentar ganhar a tão almejada coroa, conquistada em 2016 pela francesa Iris Mittenaere. As únicas brasileiras eleitas Miss Universo foram Ieda Maria Vargas, em 1963, e Martha Vasconcellos, em 1968. A piauense vai concorrer com mais de 80 candidatas.

A exibição do programa será feita pelo TNT, a partir das 22h, e pela Band, à 0h. No canal aberto, estarão presentes para comentar a festa Raissa Santana, Miss Brasil 2016, o stylist Rapha Mendonça e Renata Fan. Para quem não sabe, a apresentadora do Jogo Aberto da Band, participou do concurso Miss Universo em 1999, aos 22 anos, e sabe muito bem o tamanho da responsabilidade e da adrenalina de representar o País em competições como essas.

“Talvez tenha sido o grande desafio da minha vida, o primeiro de todos, por estar em outro país, numa outra cultura, com tantos idiomas diferentes. O Miss Universo me mostrou muitos caminhos de competição, lealdade, honestidade e também a importância de estar atualizada, de conseguir dar boa entrevista e de ser pessoa que realmente é engajada, uma cidadã consciente. Dá para melhorar muito e voltar com força de vontade absurda”, conta a loira, ao Diário.

Renata diz que muita coisa acontece também nos bastidores. Ela lembra da correria e confusão para que tudo dê certo, para que todas consigam trocar de roupas e possam voltar ao palco na hora combinada. “Fica todo mundo se olhando, se analisando: ‘Será que o vestido dela é mais bonito que o meu?’ ou ‘Será que o corpo dela está mais legal que o meu?’. Tem aquela competição básica. Talvez seja o momento que a candidata tenha que apresentar maior controle emocional, que tenha de segurar o ímpeto e entrar ‘com tudo’ na passarela.”

Ela acredita que Monalysa tem grandes chances de ser a escolhida da noite. “É uma mulher guerreira e realmente está preparada, apesar de jovem”. Mas, sabe que no concurso de miss, tudo pode acontecer. “Muitas vezes o que é tendência para os outros, mídia e quem acompanha os concursos, não é para os jurados. Porém acredito que Monalysa vai se destacar. Ela tem uma beleza bem brasileira, sabe falar e se comunicar. Espero que ela fique, sim, entre as 16 finalistas”, conta Renata, que também aposta nas candidatas da Venezuela, Canadá, Áustria, Panamá, Tailândia, Indonésia e Vietnã. “Porém não é só estética, tem que analisar o outro lado, as entrevistas.”

Sobre ainda existir concurso de beleza em pleno século 21, Renata Fan é categórica. “Seria hipocrisia dizer que não se valoriza a estética. As pessoas passam o dia inteiro na academia, fazendo dieta, comparando o corpo. Só falam nisso. Então concurso de beleza ainda tem seu espaço”, finaliza.

Leia mais trechos da entrevista com Renata:

Como é apresentar o concurso ao vivo no local (Miss Brasil) e pela televisão (Universo)?
O ao vivo é interessante por causa da adrenalina, pelo clima, por você acompanhar a torcida de cada miss, os jurados de perto, mas pela TV também funciona, porque o espetáculo é muito bem produzido, as câmeras realmente pegam os detalhes. Então fazer o Miss Universo daqui também é empolgante por causa da torcida por uma brasileira, por uma mulher que nos representa e, principalmente pelo nome do nosso País estar em um concurso que existe há tanto tempo.

Você acha que por estarmos em uma era totalmente interativa, isso acaba influenciando na escolha das vencedoras?
Sem dúvida. Já acompanhei todas as fotos, os vídeos. Li sobre as candidatas, fui separando as minhas preferidas. Quando eu comecei a acompanhar o concurso, tinha uma ideia sobre as candidatas; hoje, já mudei completamente, porque a cada hora elas aparecem produzidas, com um charme, falando e se comunicando. Esse contexto geral dá uma amplitude maior. E, claro, que gera uma decepção, porque muitas vezes você acredita que uma candidata vai ter sucesso, vai se destacar e acaba que os jurados não têm a mesma visão, talvez não tenham acompanhado tanto assim as candidatas. Hoje, por ser interativo, você também tem acesso a opinião de outros lugares, de ''missólogos'', de pessoas que acompanham concursos. A internet faz com que a gente explore muito mais as candidatas em termos de análise e, principalmente, de preferência.

Monalysa Alcântara, a representante deste ano, tem o mesmo perfil da Raíssa, que ficou bem colocada em 2016. Por que acredita que ela não venceu?
Tudo é uma questão de analisar a comissão julgadora: como as candidatas estão no dia, aquela coisa de entrar na passarela, de brilhar, de mostrar no palco o seu máximo. Às vezes, a candidata não está em sua melhor performance. Muitas vezes ela é mais bonita ou talvez seja mais preparada, realmente poderia ganhar. Agora, Miss Universo não tem muito essa coisa. Chega um momento que afunila demais e os jurados precisam decidir. A Raíssa foi um sucesso, foi uma Miss que marcou história no Miss Universo e foi muito comentada pela mídia, pelos ''missólogos'', em bolsas de apostas. Realmente ela tinha tudo para ganhar. Agora, Miss Universo é detalhe, talvez por isso ela não tenha vencido, mas é uma candidata que trouxe muito orgulho para o Brasil e que, sem dúvida alguma, mostrou que tinha um grande potencial.




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