Problema que se arrasta há anos em São Caetano, as enchentes recorrentes registradas em diversas áreas do município podem estar com os seus dias contados. Essa é a expectativa da Prefeitura, que nos próximos dias deve formalizar a implantação do Plano Municipal de Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas.

O documento, aprovado nesta semana pela Câmara e que ainda necessita da sanção do prefeito José Auricchio Júnior (PSDB), apresenta todas as diretrizes a serem colocadas em prática pelo município nos próximos 20 anos no que diz respeito à prevenção e ao combate às enchentes.

Embora a Prefeitura ainda não tenha garantia financeira para executar os projetos elencados no documento, existe expectativa dentro do Paço de já iniciar – ainda neste ano – algumas intervenções que possam apresentar em curto prazo resultados positivos na solução da problemática.

“O plano prevê série de ações que visa equacionar todo o problema como, por exemplo, não aumentar a vazão de água para rios e córregos. Mas, a curto prazo, já podemos pensar em algumas medidas que devem apresentar resultados, como o alteamento do muro do piscinão da Avenida Guido Aliberti, onde temos constantes enchentes”, explica o secretário de Obras e Habitação, Enio Moro Júnior.

Na avaliação do chefe da Pasta, a implantação do plano deve colaborar para uma diminuição significativa de ocorrências de enchentes na cidade, em especial de áreas já afetadas com a situação. “Queremos diminuir o problema ao máximo. Garantir que vai acabar é precipitado falar, porém estamos empenhados em diminuir os estragos anuais nas diversas áreas que hoje sofrem com as enchentes.”

Ao menos seis bairros conhecidos pelo problema são citados pelo secretário como pontos que receberão série de ações intensivas a partir da sanção do plano: Prosperidade, Fundação, Santa Paula, Barcelona, Santo Antônio e a área que corresponde a toda a extensão da Avenida Guido Aliberti até a Avenida dos Estados.

O documento elaborado pela Prefeitura, por meio do DAE (Departamento de Água e Esgoto de São Caetano), apresenta ainda ações de macro e microdrenagem. Dentre elas está a implantação de dispositivos de retenção de resíduos sólidos na rede de drenagem.

Com custo estimado em R$ 239 mil, recurso este que pode vir do Ministério das Cidades ou do Fehidro (Fundo Estadual de Recursos Hídricos), o projeto visa ter o controle da disposição destes materiais (de forma a agilizar e a facilitar a retirada deles) na rede de drenagem, além de otimizar a eficiência das galerias.

HISTÓRICO

Após ter ações tímidas na última gestão referente ao combate às enchentes, a Prefeitura de São Caetano planeja retomar plano de investimento alto no setor, similar ao da última passagem de Auricchio no Palácio da Cerâmica.

Entre 2005 e 2011, a administração investiu cerca de R$ 50 milhões em obras de combate às enchentes. O montante foi utilizado na limpeza de piscinão, manutenção do sistema de bombeamento nas estações elevatórias de águas pluviais e limpeza de galerias de águas pluviais e bocas de lobo.

Prefeitura inclui Piscinão Jaboticabal como meta para próximos 20 anos

Projeto engavetado em 2012 pelo Estado e que retornou à pauta do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC neste ano, a construção do Piscinão Jaboticabal foi incluso entre uma das metas a serem efetivadas nos próximos 20 anos pela Prefeitura de São Caetano.

Segundo o secretário de Obras e Habitação, Enio Moro Júnior, as negociações entre Prefeitura e Estado têm avançado de maneira positiva. “Temos conversado com o governo estadual para tentar efetivar a proposta, e estamos otimista com isso”, revela.

Em março, o subsecretário de Assuntos Metropolitanos, Edmur Mesquita, representante do governo de São Paulo no Consórcio, declarou que iria intermediar reunião entre o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), e o secretário municipal de Serviços e Obras de São Paulo, Marcos Penido, com o objetivo de destravar as questões relativas ao reservatório.

A expectativa é que o piscinão auxilie no combate às enchentes em área da divisa de São Caetano com a Capital.