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Paulo Nunes ‘corneta’ futebol sem direito a comemorações
Derek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
18/12/2016 | 07:00
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Divulgação


A irreverência dos tempos de jogador ainda o acompanha. Em meio a ex-colegas de quando atuava, é um dos centros das atenções e arranca risadas com grande facilidade. Aos 45 anos, Paulo Nunes hoje é comentarista da ESPN e tem negócios em diferentes ramos, como um centro esportivo em Goiânia e empresa de materiais de limpeza, mas nunca vai deixar para trás o histórico de títulos, gols e, consequentemente, as comemorações diferenciadas. E em visita ao Grande ABC recentemente o ex-atacante falou que as regras atuais inibem as celebrações mais criativas.

Máscaras da Tiazinha, de porquinho e gueixa, véu da Feiticeira. Estes foram alguns dos adereços – que guardava no calção – utilizados para extravasar ao balançar as redes. Atualmente, porém, não se pode mais sequer erguer a camisa sem ser punido com o cartão amarelo.

“Se tivesse esse tipo de comemoração hoje, o jogador iria ficar suspenso por um mês. Não pode fazer nada. O gol é o ímpeto do futebol, maior alegria, e eles podaram o jogador quanto a isso. Ainda bem que foi agora, porque se fosse na minha época eu iria ficar suspenso por muito tempo”, disse Paulo Nunes, que marcou 103 gols em 144 jogos pelo Grêmio, onde é ídolo, mas também tem grande identificação com o Palmeiras, pelo qual fez 138 partidas, 69 tentos e conquistou Copa do Brasil, Copa Mercosul e Libertadores.

Ele próprio explica porque se tornou uma das grandes figuras dos últimos tempos na história alviverde. “Pelos títulos. O grande ídolo, o herói, se faz por grandes jogos, vitórias, gols. Isso tudo fiz pelo Palmeiras. Gols maravilhosos, de comemorações incríveis. E mais importante: os títulos. O grande jogador, se deseja estar na história, na imagem, tem de ganhar títulos. Isso faz com que sejam lembrados. Fico feliz em ser ídolo de torcida tão maravilhosa como a do Palmeiras.”

De acordo com o Diabo Loiro, o eneacampeonato do Verdão significa “a volta da alegria. De mostrar que o Palmeiras é grande”. “Um clube como o Palmeiras não pode ficar tanto tempo sem título de expressão como o Campeonato Brasileiro. Mostra que vem forte para a Libertadores, que é um sonho chegar ao bicampeonato. Muito feliz pela torcida, pelo movimento que fez. Mostrou que é apaixonante como muitas do Brasil e demonstrou que comandar o Brasileiro foi importante para o clube crescer”, emendou Paulo Nunes.

Com a experiência de quem por duas vezes conquistou a Libertadores (além de 1999, no Palmeiras, ganhou em 1995, pelo Grêmio), o ex-jogador destacou que o grupo precisa se reforçar para alcançar o bicampeonato. “Precisa, sempre. Independentemente do título, sempre quando vai para outra competição tem de começar a reforçar, pensar grande e tenho certeza de que a diretoria do Palmeiras está fazendo isso”, concluiu. 




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