Os pais da estudante afirmaram desconhecer a gravidez da filha, apesar da barriga de oito meses. Foram eles que chamaram o Corpo de Bombeiros, que, junto com a Defesa Civil, atenderam a ocorrência. A criança apresentava um corte superficial na cabeça. O bebê foi levado ao Centro Hospitalar Municipal de Santo André, onde permanecia internado até o começo da noite de domingo.
Segundo informações do hospital, o bebê já está sob a guarda do Conselho Tutelar e, assim que tiver alta, terá seu futuro decidido pelo juizado da Vara da Infância e Juventude. O pai da garota não quis falar no domingo com o Diário, alegando que quer “preservar a filha”. No sábado, quando ainda não sabia que o bebê era seu neto, ele contou que assistia televisão quando percebeu a agitação do cachorro Rudy, um husky siberiano de 6 anos que toma conta do quintal. Rudy levou o dono até o local onde o bebê estava.
Um policial desconfiou que o bebê era filho de alguém que morava na casa depois de verificar o local onde foi encontrado, que é de difícil acesso. Quando o investigador viu a filha do casal, com o corpo ainda inchado por causa da gravidez, levou a família até a delegacia. Na madrugada de domingo, a menina admitiu à polícia que o filho era dela e que o abandonou por medo dos pais.
Para a psicóloga Lílian Meyer Frasão, do Departamento de Psicologia da Universidade de São Paulo, o caso é um problema de falta de orientação, de saber o que fazer em situações complicadas que envolvem a sexualidade. “Diante disso, ela não tem condições emocionais de elaborar psiquicamente uma situação como essa. Se ela tem medo dos pais, é porque eles teriam dificuldades para aceitar a gravidez da filha.”
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