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Comércio registra 11ª queda consecutiva de vendas em outubro
Por Do Diário OnLine
12/12/2003 | 11:47
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As vendas do comércio varejista continuaram em leve queda em outubro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira. Na comparação com o mesmo mês de 2002, o volume de vendas ficou negativo em 3,04%. Em setembro, a retração havia sido de 2,72%. Trata-se da 11ª queda consecutiva das vendas.

Manteve-se, porém, a desaceleração da queda do acumulado no ano, que está negativa em 4,96% entre janeiro e outubro – entre janeiro e setembro taxa estava em -5,18%. Nos últimos 12 meses, a variação foi ainda maior, chegando a -4,56% (contra -4,25% em janeiro/setembro). Para o responsável pela pesquisa do comércio do IBGE, Nilo Macedo, "tudo indica que vamos fechar 2003 com mais um resultado negativo". Em 2002, as vendas caíram 0,68%.

O IBGE destaca ainda que oito das 27 regiões pesquisadas apresentaram taxas positivas em outubro, contra sete em setembro e duas em agosto. Também diminuiu o ritmo de queda em quase metade dos Estados em que os resultados permaneceram negativos. Os maiores acréscimos mensais ocorreram no Acre (6,66%), Santa Catarina (3,85%), Mato Grosso (3,38%) e Rondônia (3,08%).

Já as quedas mais significativas foram anotadas em São Paulo (-3,85%), Rio de Janeiro (-6,03%), Pernambuco (-6,95%), e Bahia (-3,83%). As quatro unidades responderam por nada menos do que 90% da queda no varejo nacional.

Sobre o desempenho dos segmentos, as vendas do item Hipermercados e supermercados recuaram 4,26%, ante taxa negativa de 3,77% de setembro. Assim, o grupo se mantém como o principal responsável pelo retrocesso do varejo. Demais artigos de uso pessoal e Doméstico (-4,10%) tornou-se a segunda maior influência negativa sobre a taxa global, seguida por Combustíveis e lubrificantes (-4,33%).

Móveis e eletrodomésticos continua sendo o único segmento com crescimento no volume de vendas: 5,21% na comparação com outubro de 2002 e 7,02% com o mês anterior.

"Para o comércio se recuperar de forma mais firme, é necessário um crescimento maior do setor de consumo de massa, dos supermercados. E, para isso, é preciso que a renda e os salários se aumentem", afirmou Nilo Macedo.




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