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Mauá terá novo Shopping Popular em 45 dias
Daniel Trielli
Vanessa Fajardo
26/07/2008 | 07:02
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A Prefeitura de Mauá prevê para os próximos 45 dias a conclusão do novo Shopping Popular da cidade, que abrigará 223 camelôs que hoje estão na Rua do Comércio, no Centro. O diretor de Comércio e Serviço da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Social de Mauá, Edson Bertoni, garante que a construção, feita pela empresa Bonomi Comércio de Peças e Prestação de Serviços, terminará em agosto.

"Estão sendo colocados o telhado e os últimos boxes. Em pouco tempo estaremos entregando, graças a Deus", disse. O motivo do alívio é o atraso nas obras, causado, segundo o diretor, pelas chuvas. Embora Bertoni afirme que a previsão inicial era para agosto, no final do ano passado a Prefeitura havia garantido a conclusão até maio.

O antigo Shopping Popular foi destruído por um incêndio em janeiro de 2005. O novo espaço terá exatamente o mesmo número de vagas e ficará no mesmo endereço, entre as ruas Guido Monteggia e Américo Perrella. A diferença é a participação da Bonomi, que terá a concessão do local por 30 anos em troca do investimento de R$ 1,3 milhão na construção. Os comerciantes pagarão R$ 300 de aluguel (com os dois primeiros meses de carência), pelos boxes de 1,5 metro por 1 metro.

Ao contrário dos ambulantes de Santo André, que resistiram à mudança para o Boulevard Itambé no começo do mês, os camelôs de Mauá não vêem a hora em ir ao novo local. Eles reclamam que a Rua do Comércio, onde estão instalados desde o incêndio, não possui infra-estrutura ou higiene para atender os clientes.

"Os bueiros estão abertos e, além do mau-cheiro, os ratos invadem as barracas. Por mais que a gente pague aluguel, pelo menos teremos um teto", diz Clovis Honório, 47 anos.

"Aqui a situação está caótica e quando chove não vem ninguém", diz Jaime Gomes de Carvalho, 53.

Inês Pinto, 38, concorda com os colegas, mas teme que o aluguel seja pesado. "Perdi mais de R$ 40 mil em mercadoria no incêndio e tive de começar de novo. Quero mudar pela higiene e conforto, mas tenho medo de assumir compromisso. Tem dia em que não vendemos nem R$ 50 aqui."

O comerciante José Borges, 52, encara a despesa como investimento. "Não compensa ficar aqui na rua jogado. Precisamos de um local de trabalho de respeito."




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