Política Titulo Santo André
DEM admite tratativas para formar bloco antiPT

Picarelli pode apoiar outra via, mas sem aderir a Aidan, considerado rival ideal pela gestão Grana

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
12/07/2016 | 07:00
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Divulgação


Em período de afunilamento eleitoral, o DEM de Santo André faz tratativas por acordo partidário visando compor bloco com poder de fogo que possa neutralizar as chances do projeto de reeleição do prefeito Carlos Grana (PT). A proposta ainda em negociação com PPS, PSDB e SD, hoje com pré-candidaturas colocadas, teria como alvo reunir condições efetivas em termos de viabilidade política para reforçar plano de terceira via e evitar o sexto mandato petista à frente do Paço. Atualmente, a sigla trabalha para lançar o ex-presidente da OAB Fabio Picarelli, que em reta final de pré-campanha ainda não emplacou em pesquisas de intenções de voto.

O presidente do diretório andreense do DEM, Fernando Marangoni, falou em pulverização devido à quantidade de quadros cogitados e admitiu processo de amadurecimento para fortalecer nome oposicionista na tentativa de enxugar números de postulantes. “O objetivo do DEM é construção de via que, de fato, faça frente ao PT, sem risco de sua continuidade no governo”, disse, ao mencionar diálogo com série de outros agentes políticos da cidade. “Há conversa com todos os pré-candidatos postos, com exceção do PT, mas não há nada definido.”

O DEM de São Paulo anunciou ontem apoio à pré-candidatura do tucano João Doria Jr. à prefeitura da Capital. A cúpula da sigla em Santo André compareceu ao evento. Marangoni descartou que essa adesão esteja atrelada no município, mas frisou que a estratégia é idêntica. “As direções são autônomas. Não existe qualquer vínculo, só que o objetivo é o mesmo: impedir a continuidade do PT (do prefeito Fernando Haddad) e criar via que tenha plena capacidade de mostrar novo projeto para a cidade”, emendou Marangoni. Ele adicionou que em solo andreense, “além de viabilidade eleitoral”, o que pode credenciar o elo é o “conteúdo programático, ligado a governo mais eficiente, com economia nos gastos da máquina, buscando novo modelo de gestão”.

Levantamento interno seria norte para embasar o suporte da ala democrata em Santo André, sem condicional de indicação de vice. Entre os nomes cotados ao possível acolhimento da adesão estariam Paulinho Serra (PSDB), Raimundo Salles (PPS) e Ailton Lima (SD). Nos bastidores, há hipótese de apoio a prováveis candidaturas democratas a deputado em 2018. Embora na liderança das principais sondagens, o ex-prefeito Aidan Ravin (PSB) ficaria de fora dos planos, de acordo com informações de bastidores, por abrir precedentes positivos na ótica do governo Grana com essa polarização.

Isso porque dirigentes partidários consideram cenário favorável ao projeto petista, encabeçado por Grana, se daria ao enfrentar Aidan em eventual segundo turno, baseando-se, principalmente, no índice de rejeição do socialista, apontado em estudos eleitorais já realizados. Por outro lado, dentro desse contexto, a empreitada do PT teria maior fragilidade em caso de duelar com alternativa nova, a chamada terceira via, na segunda e derradeira etapa do pleito.

Picarelli filiou-se em dezembro ao DEM, utilizando discurso de projeto solo para tirar o PT da administração local. 




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