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Polícia prende suspeito de matar ciclista em Diadema

Homem de 45 anos trabalha como motorista de ônibus e tinha passagem por violência doméstica

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
07/07/2016 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


A Polícia Civil prendeu na noite de ontem o motorista de ônibus Sergio Meliunas, 45 anos, suspeito de ter atropelado e matado no domingo o ciclista Dorgival Francisco de Souza, 59. O caso ocorreu no km 17,5 da Rodovia dos Imigrantes, em Diadema. O braço da vítima, decepado após o impacto, foi encontrado a dois quilômetros do local da ocorrência, na Avenida Ulysses Guimarães, no mesmo município.

Meliunas foi encontrado em seu local de trabalho, na garagem da viação Breda, no bairro Assunção, em São Bernardo. O automóvel que ele dirigia e que atingiu Souza, um Vectra prata, estava estacionado em sua residência, no Jardim Laura, na mesma cidade, coberto por uma lona. Ele confessou ter atropelado o ciclista e, segundo o delegado Miguel Ferreira da Silva, titular do 4º DP (Eldorado) de Diadema, irá responder pelos crimes de homicídio doloso (quando há intenção de matar), omissão de socorro, fuga do local do acidente e ocultação de cadáver (por conta do braço que descartou). Ainda de acordo com o delegado, o suspeito já tinha passagem por violência doméstica.

Questionado por jornalistas, Meliunas afirmou que, momentos antes da colisão, havia parado nas proximidades do acesso ao Trecho Sul do Rodoanel para avaliar as condições de um dos pneus, que, segundo ele, estava vazio. Nesse momento, conforme sua versão, foi abordado por motoqueiros, que teriam anunciado um assalto. “Tentei sair fora (sic) deles, peguei a rodovia, andei e cortei pelo acostamento. Eles estavam me seguindo. Foi uma fatalidade, infelizmente. Dei de cara com o rapaz da bicicleta. Eu não o vi. Estava escuro”, disse o suspeito. que negou ter ingerido bebidas alcoólicas no dia.

O motorista, que estava acompanhado por três amigos, relatou que empreendeu fuga mesmo com o pneu murcho. Afirmou também que não percebeu que havia atropelado alguém. “Quando houve a colisão, todo mundo pensou que fosse uma pedra que tivessem jogado.” Meliunas alegou que não parou por medo de se tratar de outra suposta investida criminosa.

O condutor contou ainda que só percebeu que havia um braço pendurado no veículo ao parar, na Avenida Ulysses Guimarães. “Quando eu vi (o braço), coloquei do lado, no chão. Fui tentar trocar o pneu para poder fazer alguma coisa.” Ele justificou que não voltou ao local do acidente porque o carro não estava em condições de seguir viagem e que não ligou para a polícia por “desespero e medo”. Meliunas assegurou que pensou em se entregar, mas que não o fez porque “não tinha condições de contratar um advogado”.

O delegado concederá entrevista coletiva às 10h30 de hoje para esclarecer como a polícia chegou ao suspeito. 




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