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Kerry aceita indicação dos democratas e ataca Bush
Por Da AFP
30/07/2004 | 08:23
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O democrata John Kerry aceitou nesta quinta-feira a indicação de seu partido para enfrentar o presidente George W. Bush nas eleições de 2 de novembro. Ele prometeu fazer dos Estados Unidos um país mais seguro, afirmando que não vacilará em usar a força de maneira unilateral, se for preciso.

Kerry, 60 anos, se apoiou na autoridade moral do alto de sua experiência no Vietnã para criticar a guerra no Iraque e garantiu que reconstruirá as alianças internacionais e devolverá à nação "a confiança e credibilidade" perdidas quando o governo de Bush invadiu o país árabe sem a aprovação da ONU (Organização das Nações Unidas).

"Que ninguém se engane: não hesitarei em utilizar a força quando for necessário", advertiu o senador por Massachusetts, diante de um estádio lotado com mais de 20 mil partidários, que o aclamaram e o aplaudiram sem parar, agitando flâmulas com seu nome e a bandeira dos EUA.

"Qualquer ataque será seguido de uma resposta rápida e certa. Nunca concederei a qualquer nação ou instituição internacional um direito de veto sobre nossa segurança nacional", frisou, no discurso mais importante de sua carreira política.

Kerry se esforçou para enterrar sua imagem de fraco, indeciso e hesitante em um duro pronunciamento, no qual atacou ferozmente Bush e os integrantes mais conservadores do atual gabinete.

"Defendi este país quando era jovem, e também o defenderei como presidente", insistiu, assegurando, porém, que será "um comandante-em-chefe que nunca fará com que o país vá à guerra enganado".

"Como presidente, devolverei a esta nação uma antiga tradição: os Estados Unidos da América nunca entram em guerra porque querem, mas apenas porque têm de fazê-lo", continuou.

"Em meu primeiro dia como presidente, enviarei uma mensagem a cada homem e mulher em nossas Forças Armadas: nunca lhes será pedido para ir a uma guerra sem um plano para ganhar a paz", insistiu.

Kerry lembrou ainda que seu rival republicano enviou o país para a guerra no Iraque com o argumento de que este possuía armas de destruição em massa que nunca foram encontradas e, depois, comemorou a "missão cumprida" em maio de 2003, apesar de centenas de soldados americanos terem morrido desde então.

"Como presidente, devolverei a confiança e a credibilidade à Casa Branca", prometeu.




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