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Candidatos à Otan se reúnem na Letônia antes de cúpula
Por Das Agências
03/07/2002 | 10:11
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Dirigentes de dez países que querem integrar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) se reúnem entre esta sexta-feira e sábado em Riga, na Letônia, para retocar seus preparativos com a esperança de que suas candidaturas sejam aceitas na Cúpula da Aliança em Praga, em meados de novembro.

Uma intervenção por satélite do presidente norte-americano, George W. Bush, e do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, está na pauta da Cúpula que reunirá os primeiros-ministros de ministros de Defesa de Albânia, Bulgária, Croácia, Estônia, Letônia, Lituânia, Macedônia, Romênia, Eslováquia e Eslovênia.

Participarão também nesta reunião os presidentes de três países bálticos e da Polônia, assim como vários ministros de Defesa da Otan.

Dos dez, Letônia, Lituânia, Estônia, Eslovênia, Eslováquia, Bulgária e Romênia já tiveram sinais positivos da Otan. Mas Albânia e Macedônia estão longe de terem terminado seus preparativos. Resta a Croácia, que deve ainda iniciar suas últimas negociações formais com a aliança.

Os norte-americanos parecem bem determinados a ampliar a Otan e o comandante-chefe das forças da Aliança Atlântica na Europa, o general norte-americano Joseph Ralton, dizia há pouco em Riga que os acontecimentos de 11 de setembro de forma alguma diminuíram a possibilidade de ampliação do organismo.

Moscou foi mais flexível em sua posição a respeito desta ampliação para seus antigos aliados da era soviética e estes últimos pretendem demonstrar que sua participação não se limitará a tirar proveito da proteção atlântica, mas que também contribuirá ativamente para a segurança mundial.

Diversos candidatos já têm experiências no setor, sobretudo participando em operações de manutenção de paz nos Balcãs.

É hora de por um ponto final na história das capacidades militares específicas da Otan apesar de seus orçamentos limitados, destacou Pauls Raudseps, editora do principal jornal letoniano Diena. "Está claro que a Otan deve desempenhar um novo papel e a questão é como estes novos países encontrarão um lugar para contribuir para uma segurança total".

As discussões se referiram também à democratização dos ex-regimes comunistas e sua contribuição para a estabilidade regional, destacou Maris Riekstins, secretário de Estado letoniano de Relações Exteriores.

A Letônia teve que mudar sua legislação frente às pressões da Otan, que queria um equilíbrio dos direitos de seus habitantes de língua russa e disposições mais severas para combater a corrupção.

Durante o próximo fim de semana, os participantes na cúpula e a população letoniana poderão admirar seus soldados em pleno exercício às margens do rio Daugava, que atravessa Riga.




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