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Bolacha vencida segue para perícia
Por Luciana Sereno
Do Diário do Grande ABC
21/07/2005 | 08:23
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O delegado titular do 1º Distrito Policial de São Bernardo, Pietroantônio Minichillo de Araújo, vai encaminhar nesta quinta-feira os pacotes de bolacha wafer apreendidos terça-feira na Cooperativa de Consumo dos Servidores Públicos da cidade. A embalagem indica que os biscoitos vendidos estão com a validade vencida e serão analisados pelo Instituto Adolfo Lutz. "Para continuar as investigações precisamos de laudos específicos sobre o dano que o produto poderia causar à saúde do consumidor. Sabemos que a mercadoria vencida não é recomendada, mas precisamos saber se de fato estava em más condições para ter causado o dano a quem o consumiu."

O delegado também disse que deve acionar o fabricante da mercadoria, a Bauducco, para solicitar informações sobre os lotes. De acordo com Araújo, o lote descrito nas embalagens apreendidas é diferente do especificado nas mercadorias expostas na gôndola do supermercado no momento da apreensão. Terça-feira, após comprar pela terceira vez biscoitos wafer vencidos na cooperativa, o taxista Anderson Pereira Lopes, acionou a Polícia Militar para denunciar a irregularidade. Quarta-feira, o consumidor conseguiu cópia do laudo do atendimento médico pelo qual passou na última sexta-feira, após ingerir meio pacote das bolachas: intoxicação alimentar.

Apesar disso, o delegado titular do 1º Distrito Policial afirma que o caso requer uma "apuração minuciosa". "Se há divergência na numeração dos lotes, e mediante a alegação dos responsáveis pela cooperativa de que a prova pode ter sido plantada (pelo Sindicato dos Servidores) é preciso ter cautela. Quando há dúvida, não podemos cercear a liberdade de alguém." Os representantes do supermercado afirmam que o encontro de mercadorias vencidas no estabelecimento é "armação" da entidade. Ao Diário, o sindicato nega. "Fomos procurados pelo consumidor que constatou o problema porque a cooperativa é usada pelos servidores. Portanto, cabe a nós cuidar para não trabalhar com irregularidades", afirmou a presidente do sindicato, Vânia Souza.

A reportagem procurou a Bauducco quarta-feira para obter informações técnicas sobre a diferença da numeração dos lotes, mas até o fechamento desta edição a empresa não se pronunciou. Os laudos periciais da mercadoria apreendida devem ser concluídos em 30 dias. Será quando as partes envolvidas na ocorrência voltarão a prestar depoimento à polícia.




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