Política Titulo Retaliação
PSDB define hoje caso Gabriel Maranhão

Executiva do tucanato julga permanência ou expulsão
prefeito, que declarou voto à Dilma na última eleição

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
09/02/2015 | 07:30
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Andréa Iseki/DGABC


O futuro político do prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão, nas fileiras do PSDB será definido hoje em decisão da executiva estadual da legenda. Reprovado no Conselho de Ética do tucanato, a expulsão da legenda é o caminho mais provável para o chefe do Executivo, que está sendo julgado por ferir código de conduta da sigla ao declarar voto e apoio ao projeto de reeleição da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), na eleição de outubro.

A informação foi divulgada pelo coordenador regional da sigla, Márcio Canuto, ao revelar crença de que a exclusão do correligionário é a chance mais cogitada. “Como já teve parecer negativo do conselho, acho difícil sua permanência. No entanto, a conclusão deverá ser feita sem pressão e da maneira mais assertiva”, frisou o dirigente.

No ano passado, Dilma disputou manutenção de seu mandato contra o colega de partido de Maranhão, o senador Aécio Neves. À época, o prefeito de Rio Grande justificou a desobediência partidária ao sinalizar débito com a chefe da Nação que aprovou a liberação de repasses financeiros à cidade. A promessa é de verba para execução de serviços de Mobilidade Urbana, cujo o convênio foi o primeiro do Grande ABC a receber aval do Planalto.

O ato político provocou revolta dentro do tucanato e a predileção de Maranhão por Dilma refletiu no município, único comandado por político do PSDB – a cidade foi uma das duas da região que deu vitória à petista em detrimento de Aécio. Por outro lado, o senador tucano obteve mais votos em todo o Grande ABC, bem como no restante do território paulista.

No Grande ABC, Aécio registrou 889.039 sufrágios, contra 642.327 de Dilma – diferença foi de 246.712 votos. Nulos somaram 88.155 e brancos, 30.591. As abstenções, por sua vez, contabilizaram 376.891 pessoas.

O tucano venceu em Santo André, São Bernardo, São Caetano, Mauá e Ribeirão Pires. Dilma só triunfou em Diadema e Rio Grande da Serra, municípios que lhe deram vitória no primeiro turno.

Pressionado desde então, Maranhão admite que tem esperança em permanecer na legenda. O chefe do Executivo apresentou defesa ao Conselho de Ética, mas sem obter sucesso. “O que tinha de justificar, eu fiz. Tenho muito respeito pelo PSDB e coloquei as minhas razões. Sigo tranquilo, confiando no melhor caminho que Deus vai me propor”, considerou.

No mês passado, Maranhão foi eleito presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC em empreitada patrocinada pelo prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT). O petista formatou toda a eleição e ficou com o cargo de vice, sendo copiosamente elogiado pelo tucano.

A estratégia deixou indícios de que o prefeito de Rio Grande trabalha com a hipótese de expulsão do tucanato e já prepara maior proximidade com o petista para se alocar em legenda de afinidade no âmbito federal.

Kassab realiza encontro com prefeitos no Consórcio

Ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), faz hoje encontro com os prefeitos da região na sede do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, localizado em Santo André. O encontro faz parte da proposta feita pelo pessedista no fim do mês passado, em visita a São Bernardo, que tem por objetivo mapear os planos oriundos do governo federal a serem executados nos sete municípios.

Entre os programas vinculados já em andamento está o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Mobilidade Urbana. Neste pacote de obras se prevê a pavimentação e recuperação de vias em Rio Grande da Serra, a construção do viaduto e corredor de ônibus na Avenida Francisco Monteiro, em Ribeirão Pires, e obras como ponte e corredores em Mauá, além de intervenções nos demais municípios da região. Os chefes do Executivo deverão também passar panorama de projetos do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.

No encontro com Marinho, há duas semanas, Kassab revelou amplo estudo técnico para tomar conhecimento das propostas já iniciadas.

Na ocasião, o petista reclamou ao ministro da morosidade nos serviços de construção da obra do piscinão do Paço ao relatar entrave no repasse da ordem de R$ 20 milhões provenientes de parceria com a União.

À época, Kassab prometeu viabilizar solução ao caso em prazo de aproximadamente três semanas.




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