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Bancos de sangue iniciam campanha de coleta
Por Rodrigo Cipriano
Do Diário do Grande ABC
24/11/2005 | 08:16
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A maioria dos bancos de sangue do Grande ABC já começou a corrida para aumentar seus estoques para o início do verão. Na estação mais quente do ano, o número de doações cai em média 30%. Na contramão, o número de pacientes nos hospitais que precisam de transfusão aumenta quase que na mesma proporção por conta dos abusos típicos das férias. Para estimular o aumento das doações, os bancos contam esse mês com um forte estímulo. É que nesta sexta-feira é comemorado o Dia Nacional de Doação de Sangue.

A maioria dos bancos de sangue do Grande ABC está distribuindo brindes aos doadores. São chaveiros, camisetas e bonés. Na última segunda-feira, um grupo teatral encenou no Hospital Anchieta, em São Bernardo, uma peça para explicar a importância de doar sangue. “A média (de doadores) continua a mesma. Para dizer a verdade, diminuiu. Muitas vezes não passam de 30 doações (ao dia); outro dia foram 11”, diz a médica Maria Madalena Puglise de Morais, chefe do hemocentro da cidade.

Mas essa não é a regra entre os demais bancos de sangue do Grande ABC. No Hospital Brasil, em Santo André, o número de doações dobrou nesta semana em comemoração ao Dia Nacional de Doação de Sangue, saltando das habituais 30 coletas diárias para médias que variam entre 60 e 70 doações. “Na sexta-feira (amanhã, Dia Nacional de Doação de Sangue), estamos esperando até cem pessoas aqui no hemocentro”, afirma Elíseo Joji Sekiya, médico responsável pelo banco de sangue do Hospital Brasil.

Para o médico, o bom resultado se deve a uma campanha feita no hemocentro para estimular a doação de sangue por repetição, caracterizada quando uma pessoa faz mais de três doações por ano. “Infelizmente esse grupo ainda é muito reduzido. A maioria das pessoas doam porque algum familiar precisou e depois é preciso repor o estoque”, afirma Elíseo Sekiya.

Para agravar o problema, o sangue doado deve ser utilizado na maioria das vezes em no máximo 35 dias. Esse é o prazo de validade dos anticoagulantes aplicados nas bolsas de sangue. “Por isso, esse trabalho de doação deve ser contínuo. Não adianta conseguir encher os estoques agora e depois abandonar o trabalho”, afirma Fábio Lima Lino, coordenador do hemocentro do Hospital Mário Covas, em Santo André, que por mês recebe cerca de 1,3 mil doações.

Quem pode doar sangue

Pessoa com idade de 18 a 65 anos que:

- Pese mais de 50 kg

- Não tome antidepressivos ou medicamentos para tratamento cardíaco.

- Esteja bem alimentado

- Porte qualquer documento de identificação com foto (RG, carteira de trabalho ou de motorista).

  

Frequência

- Homens podem doar sangue a cada dois meses, no máximo quatro vezes por ano.

- Mulheres, a cada três meses, no máximo três vezes por ano.

  

Restrições

- Não podem doar sangue pessoas que tiveram hepatite B ou C, sífilis, malária, diabetes, câncer ou são soropositivas (portadoras do vírus da Aids); gestantes e lactantes.

  

Obs.: Para doação exclusiva de plaquetas, os pré-requisitos são os mesmos.

Onde doar

Santo André

l Hospital Estadual Mário Covas*

  av. Henrique Calderazzo, s/nº – Paraíso

  Segunda a sexta 8h às 15h; sábado, das 8h às 13h

l Centro Hospitalar Municipal de Santo André

  av. João Ramalho, 326 – Vila Assunção

  Segunda a sábado, das 8h às 12h

  

São Caetano

l Núcleo de Hematologia e Hemoterapia Dr. José

     Jayme Tavares Soares

  rua Goytacazes, 301 – Centro

  Segunda a sexta, das 8h às 12h

  

São Bernardo

l Hospital Padre Anchieta (posto de coleta da Colsan)

  rua Fioravante Demarchi, 37 – Centro

  Segunda a sábado, das 8h às 13h

l Banco de Sangue do Hospital São Bernardo

  av. Lucas Nogueira Garcez, 446 – Jardim do Mar

  Segunda a sexta, das 8h às 16h

Diadema

l Hospital Estadual Diadema (Serraria)

  rua José Bonifácio, 1.641 – Serraria

  Segunda a sábado, das 8h às 16h30

  

* também faz coleta de plaquetas.



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