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FUABC admite auditoria para definir dívida de Mauá

Prestes a ter atuação restringida, entidade diz que acordo com gestão Atila sairá ‘nos próximos dias’ e fala em revisão independente dos débitos

Júnior Carvalho
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
25/10/2018 | 07:00
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Montagem/DGABC


Prestes a ter sua atuação reduzida em Mauá, a FUABC (Fundação do ABC) admitiu que será acordado com o governo do prefeito Atila Jacomussi (PSB) contratação de auditoria independente para identificar o real valor da dívida que a administração possui com a entidade por serviços prestados e supostamente não quitados pelo município.

Ao Diário, a FUABC informou que esse pente-fino será incluído no TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) a ser assinado entre as duas partes junto ao Ministério Público para encerrar a longa negociação em torno do possível fim do contrato com a administração e o saldo do débito. A FUABC alega que esse montante gira em torno de R$ 125 milhões, mas o Paço mauaense discorda desse valor e sustenta que essa quantia não é suficientemente justificada com documentos.

A FUABC afirmou que as negociações para a assinatura do TAC “estão adiantadas” e que o termo deva ser assinado “nos próximos dias”, sem citar prazos. “As equipes técnicas da Fundação do ABC e da Prefeitura de Mauá estão em contato diário visando à formalização do TAC. O documento determinará com clareza o valor mensal do repasse que será disponibilizado pela Prefeitura de Mauá e em quais centros de custos a Fundação do ABC deverá aplicar esse recurso. Além disso, o TAC também determinará a contratação de uma auditoria independente para analisar e consolidar a dívida atual da Prefeitura de Mauá com a FUABC”, divulgou a entidade, por meio de nota. A Fundação disse ainda que “todas as unidades de Saúde de Mauá estão mapeadas pela FUABC e separadas em centros de custos independentes”, o que, segundo a entidade, “torna muito mais simples para a Prefeitura de Mauá determinar a destinação dos recursos da Saúde”.

Atual gestora de todos os equipamentos de Saúde da cidade, a FUABC descartou que tem discutido com a Prefeitura sobre a redução de sua atuação no município e que o debate está voltado exclusivamente à assinatura do TAC, mas reconheceu que esse próprio documento definirá a “continuidade dos serviços até que a Prefeitura de Mauá realize novo chamamento público para gerenciamento dos equipamentos de Saúde”.

TRANSIÇÃO
O Diário antecipou no dia 12 que o governo Atila iniciou internamente processo de transição para a substituição da FUABC no município. A ideia, ventilada desde o começo do governo, é de manter a entidade na gestão do setor, porém em menor escala: gerenciaria apenas o Hospital de Clínicas Doutor Radamés Nardini, enquanto que outra OS (Organização Social) de Saúde seria contratada para administrar os demais equipamentos, como UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e UBSs (Unidades Básicas de Saúde). 




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