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Brasil gasta 5,6% do PIB contra a crise
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08/09/2009 | 07:00
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O Brasil gastou o equivalente a 5,6% de seu PIB (Produto Interno Bruto) em incentivos fiscais para tirar a economia da recessão. Nesta semana, os novos dados do PIB indicarão o fim da recessão. Mas, em termos percentuais, o Brasil gastou mais que Estados Unidos, França, Reino Unido ou Japão em estímulos ao setor produtivo.

Para a ONU (Organização das Nações Unidas), o Brasil sofrerá uma contração de sua economia de 0,8% em 2009, contra uma queda de 2,5% no mundo. Ontem, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, insistiu que acredita que o ano terminará com uma taxa positiva de crescimento do PIB.

Os dados sobre os gastos fazem parte de um relatório divulgado pela Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento que, um ano após a eclosão da crise, fez um levantamento de tudo que havia sido gasto ou prometido por governos. O relatório aponta que os sinais positivos registrados no mercado internacional não significam que a crise tenha sido superada no mundo. Segundo a entidade, os gastos do Brasil estão acima da média dos países emergentes, que deixaram 4,7% de seus PIBs em medidas de resgate das economias.

Nos países em transição, o gastou médio foi de 5,8%. Nos ricos, chegou a 3,7% do PIB, o que em valores é bastante superior ao que os programas custaram para os países emergentes. No fim de semana, o G-20 deixou claro que não está ainda na hora de retirar os pacotes de ajuda. Para Meirelles, o Brasil também não deve atuar de forma prematura e retirar a ajuda. "A recomendação (do G-20) também vale para nós", disse.

No total, a estimativa é de que em média cada uma das principais economias do mundo gastou 4% de seu PIB na crise. Nesse cálculo, a ONU inclui desoneração de impostos, investimentos públicos, ajuda a empresas que queiram manter seus empregados trabalhando, eventuais elevações de seguro desemprego e distribuição de recursos para ajudar setores a exportar. Os estímulos fiscais dados pelo governo brasileiro foram inferiores aos da China e Coreia, com 6,2% do PIB, e dos 6,4% da Argentina. Nos Estados Unidos, a taxa chegou a 5,5%, contra 4,7% no Japão e 3,9% na Espanha.




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