Economia Titulo Empréstimos
Consignado se mantém aquecido
Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
31/08/2008 | 07:12
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O empréstimo consignado (com desconto em folha) se mantém com demanda aquecida. O mais recente levantamento do Banco Central sobre as operações de crédito do sistema financeiro mostra que a modalidade teve crescimento de 25,7% em 12 meses até julho, atingindo R$ 73,6 bilhões de saldo. A modalidade representa 55,5% do total do crédito pessoal oferecidos pelos bancos.

Entre as instituições do segmento, o Banco do Brasil, por exemplo, tem no instrumento o carro-chefe da carteira de crédito destinado à pessoa física. O empréstimo com desconto em folha do BB soma R$ 14 bilhões de saldo e cresceu 37,9% em 12 meses até junho e 9,8% no segundo trimestre.

A Caixa Econômica Federal também mostra forte expansão na modalidade. Segundo o gerente regional do Escritório de Negócios da Superintendência ABC, Edvaldo Contin, esse tipo de empréstimo concedido pela Caixa na região têm acompanhado a evolução no País, com alta de 25% no primeiro semestre frente ao mesmo período de 2007.

Nos primeiros seis meses deste ano, a instituição no Grande ABC registra uma média diária de R$ 500 mil em contratações, com 300 operações por dia (estimados R$ 11 milhões por mês), frente a R$ 400 mil e 235 operações por dia em 2007.

Para Contin, a modalidade continua tendo boa demanda, devido às taxas menores que outras linhas de crédito. No caso do aposentado e pensionista do INSS, a Caixa fixa, para prazo de um a seis meses, taxa de 0,9% ao mês. São atualmente 55 mil clientes ativos do consignado do banco na região, dos quais 60% beneficiários do INSS e os restantes trabalhadores da iniciativa privada e prefeituras.

Dívida cara - A gerente Meire Martini, 43 anos, de Santo André, acaba de quitar um empréstimo consignado de R$ 3.200, que obteve para pagar em 12 meses. Para ela, o crédito foi uma alternativa para se livrar de outra dívida, do cheque especial, que tem juros bem mais altos.

"Esse mês vou fazer mais um empréstimo, de R$ 15 mil, para dar entrada num carro. Vou pagar em 48 ou 60 meses", disse.




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