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Profissionais de TI são foco do mercado
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
13/12/2010 | 07:30
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Se por um lado o mercado dos computadores, de tecnologia e de softwares está cada vez mais em expansão, por outro, o de profissionais que atuam na área, especialistas em TI (Tecnologia da Informação), anda escasso.

O principal problema é encontrar pessoas com qualificação. Projeções do Observatório Softex apontam que, neste ano, o deficit é de 71 mil profissionais. Mantendo-se o quadro atual, a falta de trabalhadores no País poderá chegar a 200 mil em 2013. Para vencer o desafio de aumentar em 50% o peso relativo do setor de TI no PIB (Produto Interno Bruto), o País precisará incorporar cerca de 750 mil profissionais ao mercado.

Gérson Schmitt, presidente da Abes (Associação Brasileira das Empresas de Software), acredita que o grande erro está no ensino, já que as universidades não preparam os profissionais de forma correta. "Nessa área é preciso estar sempre atualizado. Há muitos softwares sendo lançados e é preciso dominá-los". Além disso, o profissional precisa ter o domínio dos fundamentos de matemática e lógica, assim como o da língua inglesa.

Para Ricardo Munhoz, diretor executivo da Ricardo Xavier Recursos Humanos, esse profissional precisa ter diversos certificados, já que há muitas plataformas, de diferentes tecnologias. "O campo de atuação é infinito. A pessoa pode ser desde administradora de redes e ambientes, gerente de banco de dados e de suporte até webdesigner - já que temos muitas empresas de varejo criando sites e apostando no e-commerce."

Devido à carência de bons profissionais, Munhoz explica que os salários acabam sendo valorizados. Funcionários de nível gerencial podem ganhar até R$ 14 mil; os de nível médio até R$ 5.000; analistas júnior, R$ 3.500 e, sênior, R$ 7.000. "Dependendo das certificações, os salários podem chegar a R$ 18 mil."

DEMANDA - Para se ter ideia, a indústria de software e serviços de TI teve em 2009 faturamento da ordem de US$ 22,4 bilhões. Emprega, diretamente, mais de 600 mil pessoas e paga salários que são o dobro da média nacional, segundo a Abes.

E não para por aí. Para atingir exportações de US$ 20 bilhões por ano, serão necessários 300 mil profissionais, considerando que a cada US$ 1 bilhão exportado é preciso criar 20 mil postos de trabalho. Para o mercado interno, serão necessários mais 450 mil profissionais.

Na semana passada, a Universidade Metodista trouxe à região o 59º Encontro do Grupo SPIN (Software Process Improvement Network). O evento tratou dos novos paradigmas para as indústrias de consumo se utilizam de softwares.

Mercado recruta deficientes para preencher 10 vagas

A Projeto RH, empresa especializada em recursos humanos, busca pessoas com deficiência para preencher dez vagas na área de TI (Tecnologia da Informação) de uma instituição financeira nacional de grande porte, na Grande São Paulo. Interessados em participar do processo seletivo devem cadastrar currículo no site www.projetorh.com.br, especificando interesse pela vaga.

"A seleção ainda não tem posições definidas porque cada candidato será avaliado pelos gestores de acordo com seu perfil", afirma Guísela Gabai, coordenadora do núcleo de recrutamento da Projeto RH.

Para participar do processo seletivo, os candidatos precisam ter vivência ou formação na área de TI. A prioridade é para cursos superiores no setor, mas também são válidos cursos para tecnólogos.

Entre os benefícios oferecidos estão vale-transporte, vale-alimentação, vale-refeição, assistências médica e odontológica. É necessário apresentar laudo médico que ateste a deficiência. Todos participarão de entrevistas. (da Redação)




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