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Hesa muda perfil de partos no ABC
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
13/10/2002 | 18:39
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A partir desta segunda, o Hesa (Hospital Estadual Santo André), localizado no bairro Paraíso na mesma cidade, passa a contar com o Departamento Materno-Infantil, que receberá mães das sete cidades do Grande ABC. O hospital terá capacidade para fazer até 250 partos gratuitos por mês, principalmente de alto risco. A novidade, em termos de hospitais públicos na região, é que o recém-nascido de parto normal ficará por tempo integral ao lado da mãe. O objetivo é humanizar o atendimento.

O centro obstétrico, instalado no quinto andar, tem três salas de parto; uma de reanimação neonatal, uma de pré-parto e outra de recuperação pós-nascimento. O setor de neonatologia funcionará 24 horas por dia e inicialmente terá dez leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para bebês com alto risco de vida. Vinte leitos serão destinados aos bebês com médio risco e canguru (prematuros fora de risco ganhando peso).

Mais quatro leitos ficarão disponíveis para os recém-nascidos com problemas vindos de outros hospitais ou que nasceram em casa. Essa iniciativa também é inédita na região, segundo o médico Drauzio Viegas, professor titular de Pediatria e Puericultura da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC, que administra o complexo hospitalar. “A paciente e o bebê eram levados para São Paulo, porque o Grande ABC não dispunha desse serviço”, disse.

Além dos 34 leitos, a neonatologia terá um banco de leite humano – o HMU (Hospital Municipal Universitário), de São Bernardo, também gerido pela Fundação, já possui o serviço. Em uma primeira etapa, o banco servirá para os bebês internados, mas depois abastecerá hospitais na região. Para 2003, será inaugurado o lactário, onde será feito o preparo do leite para uso da enfermaria de pediatria.

Referência– Por ser um hospital de referência no Grande ABC, a prioridade será a gestação de alto risco, que incluem casos de mães hipertensas, diabéticas ou mesmo obesas, bebês com problemas graves, com diagnóstico de má-formação e prematuros, segundo a pediatra e neonatologista do Departamento Materno-Infantil Sandra Frota Gianelo, 33 anos, de Santo André. Um levantamento do Hesa apontou que a região precisa de 18 leitos para bebês de alto risco.

Não há agendamento. As grávidas serão encaminhadas pelas unidades básicas de saúde ou hospitais públicos da região pelo PCR (Plantão Controlador Regional), órgão da DIR-2 (Direção Regional de Saúde, ligada à Secretaria Estadual de Saúde) que localiza vagas em casos de emergência e urgência não só dentro do Grande ABC quanto em hospitais de São Paulo.

Normalmente a alta se dá em 48 horas, mas há projeto de os bebês nascidos de partos normais deixarem o hospital 24 horas depois. “Nesse caso, uma equipe composta por um médico e um enfermeiro se deslocaria para a casa da mãe, onde inclusive seria realizada a coleta para o exame do pezinho”, explicou a médica.




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