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Um exemplo de ação social

O jornal Cruzeiro do Sul, de Sorocaba, publicou terça-feira reportagem sobre iniciativa na cidade com o objetivo de fazer o encaminhamento de famílias

Wilson Marini
16/06/2011 | 00:00
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O jornal Cruzeiro do Sul, de Sorocaba, publicou terça-feira reportagem sobre uma iniciativa na cidade com o objetivo de fazer o encaminhamento de famílias que viviam em estado de vulnerabilidade social. O programa Amigo da Família teve como foco inicial o atendimento de 732 famílias de extrema pobreza. Um ano depois de implantado, pelo menos 480 delas superaram essa condição, graças ao apoio recebido: oportunidades de trabalho, saúde e inclusão social.

A secretária municipal da Cidadania, Mazé Lima, conta que o primeiro passo foi a elaboração do Mapa Social do Município, que começou a ser desenvolvido há cerca de três anos, quando foram identificadas cerca de 10 mil famílias em estado de vulnerabilidade, com situação precária de moradia, saúde e renda. A partir daí, foi feita a seleção de um grupo considerado de "extrema vulnerabilidade" e que precisava de uma intervenção emergencial.

Essas famílias, relata o jornal, passaram a receber visitas semanais de agentes sociais e de Saúde para a realização de um diagnóstico de suas principais carências. A partir daí foi estabelecido um plano de ação voltado ao atendimento das necessidades de cada núcleo. "Esses agentes receberam como missão oferecer novas oportunidades para essas famílias e fazer com que elas voltassem a acreditar que é possível melhorar, criando um vínculo de comprometimento e afetividade", lembra o prefeito Vitor Lippi.

A coordenadora do programa, Marilene Debortolli Cardozo Curto, disse que no decorrer de 2011 os agentes providenciaram pelo menos 2.500 encaminhamentos direcionados às famílias participantes do programa, envolvendo desde o Bolsa Família e doação de cestas básicas, até atendimento em unidades de Saúde. Em muitos casos, os agentes se defrontaram com situações de moradores com transtornos mentais, problemas com drogas, alcoolismo e depressão, que levavam à desestruturação familiar, sendo que alguns deles sequer documentação possuíam.

"A partir de um atendimento personalizado pudemos permitir que essas famílias fossem atendidas por programas sociais e de saúde, melhorando a sua condição social e também a autoestima", diz Marilene. Apesar de já atingirem uma condição de superação do estado de vulnerabilidade, os grupos continuarão a ser visitados periodicamente pelos agentes para um acompanhamento, sendo que o foco maior de atuação agora será dado para as famílias que permanecem dentro do grupo de risco, inclusive com a inclusão de novos núcleos familiares identificados no mapa social do município. "É um programa contínuo", diz ela.

Para o agente social Rivaldo Rodrigo Araújo, que acompanha cerca de 50 famílias do programa, os resultados obtidos com as ações são motivo de satisfação. "É muito emocionante ver a realidade dessas famílias, que antes era extrema necessidade, se transformarem". Ele conta com orgulho a alegria da jovem que pela primeira vez conseguiu um trabalho com carteira assinada e uma senhora que voltou a estudar depois que a família se estruturou. "É muito gratificante ver como essas pessoas resgatam a perspectiva de uma nova vida", relata.

O resultado obtido em Sorocaba mostra que é possível ao poder público fazer algo transformador para diminuir o sofrimento de populações de carentes. É quando a liderança e os recursos são utilizados para mobilizar a comunidade em favor de si própria. Madre Teresa de Calcutá dizia que há casos em que é necessário dar o peixe, antes de se ensinar a pescar. A situação da pessoa é tão frágil que necessita de amparo antes de começar a caminhar com as próprias pernas. Sorocaba dá esse exemplo.

Fumo

O deputado estadual Rogério Nogueira (PDT) apresentou projeto que proíbe fumar ao volante quando estão presentes crianças de até 12 anos de idade. Se houver desrespeito, proprietários de automóveis estarão sujeitos a penalidade de infração de transito gravíssima, com atribuição de sete pontos na carteira de habilitação. Segundo Nogueira, é incoerente que as pessoas exponham crianças em ambiente fechado, onde há deliberada liberação de fumaça. "As crianças ainda levam como exemplo os adultos fumando e se espelham neles, sem perceber que fumar é uma opção nada salutar e que prejudica o próximo" diz ele.

Sem racismo

O deputado estadual Donisete Braga (PT) lançará hoje na Assembleia Legislativa de São Paulo, a cartilha ‘Por Uma Infância Sem Racismo', com o objetivo de contribuir com campanha do Unicef. A cartilha apresenta dados sobre a situação atual de crianças negras e indígenas, bem como endereços para se obter informações sobre o tema, apoio e a relação dos órgãos de justiça para denúncias.




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