A CPI do Lixo deve convocar representantes da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) para prestarem depoimentos sobre a demora na obtenção de licença para instalação de usina de incineração de lixo, no bairro Alvarenga.

Entre as razões apontadas para o atraso estão a ausência de desapropriações na área onde funcionou o lixão do Alvarenga. No ano de 2012, a Prefeitura de São Bernardo iniciou a desocupação da área, mas desde o ano passado cerca de 50 famílias passaram a morar no terreno.

Na visão do presidente da CPI, o vereador Ary de Oliveira (PSDB), o foco da investigação seria apurar as possíveis responsabilidades. “Se a alegação foi de que o projeto não saiu por ausência de desapropriação, queremos saber se isso ocorreu por problemas da Prefeitura ou da empresa. Era um projeto com prazo de 36 meses, já se passaram quatro anos e nada aconteceu. Só que agora temos pessoas morando lá com casas construídas”, destacou o tucano.

A construção do equipamento consta no contrato da PPP (Parceria Público-Privada) firmada entre a Prefeitura de São Bernardo e o Consórcio SBC Valorização de Resíduos Sólidos Revita e Lara, no valor de R$ 4,3 bilhões. A usina seria acompanhada da revitalização do local.

Em depoimento realizado na quarta-feira, o ex-diretor da Agência de Saneamento Básico do município Fábio Mariano afirmou que as parcelas mensais de R$ 1,6 milhão, referentes à construção da usina, ficaram retidas por conta da demora na liberação das licenças.