Eleições 2016 Titulo Contrapeso
Afagado, Skaf rejeita pedir votos ao PMDB no Grande ABC

Peemedebista afirma que apoio a prefeituráveis do partido na região se limitará a depoimentos

Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
06/09/2016 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Afagado pelos prefeituráveis do Grande ABC, o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf (PMDB), descartou a possibilidade de pedir votos nas ruas aos candidatos do partido no Grande ABC para o pleito do mês que vem. Durante evento da Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), ontem, em Diadema, o peemedebista afirmou que seu apoio aos correligionários se limitará a declarações em vídeos.

O PMDB tem nomes próprios em cinco das sete cidades da região e indicou postulantes a vice em Diadema e em Mauá. A maioria dos prefeituráveis peemedebistas tem citado o dirigente em suas campanhas e, inclusive, pleiteado a presença dele na caçada por voto. “Alguns companheiros candidatos a prefeito, vereador e vereadora de vários cantos do Estado me pedem um depoimento. Como cidadão e integrante do PMDB eu tenho dado. Participar (do pleito) fazendo campanha, não farei. Mas para quem me pede para gravar vídeos para (propagandas em) rádio, televisão e internet, eu tenho feito”, discorreu Skaf.

Além dos projetos de busca pela reeleição dos atuais prefeitos de São Caetano, Paulo Pinheiro, e de Ribeirão Pires, Saulo Benevides, o partido que agora foi efetivado no comando da presidência da República busca governar os Paços de Santo André (com Rafael Daniel como prefeiturável), de São Bernardo (Tunico Vieira) e Rio Grande da Serra (Edvaldo Guerra).

Em Diadema, após amargar vários anos no ostracismo, a sigla lançou a vereadora de sétimo mandato Cida Ferreira como vice do também parlamentar e prefeiturável do PRB, Vaguinho do Conselho. Em Mauá, o marido da ex-deputada estadual Vanessa Damo (PMDB), José Carlos Orosco Júnior (PMDB), está como vice do deputado estadual Atila Jacomussi (PSB).

Quando disputou o governo do Estado, em 2014 – ficou em segundo lugar –, Skaf aproveitou a popularidade das principais lideranças peemedebistas na região para pedir votos aos moradores das sete cidades. O mandatário da Fiesp chegou a cumprir agendas com os mesmos que hoje disputam a reeleição. Dos 4,5 milhões de votos que recebeu, 316.398 vieram das urnas do Grande ABC.

IMPEACHMENT
Durante a atividade na Ciesp, Skaf voltou a falar sobre as crises políticas e econômica pelas quais o País passa e elogiou o afastamento definitivo de Dilma Rousseff (PT).

“O impeachment foi positivo no sentido de acabar com a indefinição que existia e para que o Brasil retomasse o seu rumo. Não podíamos ficar com aquela crise política, com essa indefinição”, frisou o líder da Fiesp, uma das principais instituições apoiadoras do impeachment. Skaf também citou a necessidade de, segundo ele, aprovar medidas encampadas pelo governo do correligionário Michel Temer, como a terceirização do trabalho e “ajuste fiscal responsável”.

Skaf classificou como “incoerente” a decisão dos senadores de absolver Dilma da pena de perdas das funções públicas e inelegibilidade. “Eu achei uma certa incoerência, porque uma vez que o impeachment determina que a pessoa que foi condenada, ela é afastada por crime de responsabilidade. Ora, se praticou crime de responsabilidade, tem de ser impedida de ocupar outros cargos por determinado tempo. Eu creio que isso vai ser discutido pelo STF (Supremo Tribunal Federal)."
 

Minoria não deve sobrepor à maioria, diz peemedebista sobre novo pleito

Uma das principais vozes pró-impeachment, o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf (PMDB), criticou ferrenhamente a proposta de antecipação da eleição presidencial de 2018 e desdenhou das manifestações contra o governo de Michel Temer (PMDB) e a reedição do movimento Diretas Já, de 1984.

Questionado sobre o protesto que levou milhares à Avenida Paulista, no domingo, Skaf repetiu a reação de Temer sobre o tamanho dos atos. “Não sei se foram 100 mil pessoas (estimativa oficial dos organizadores), talvez umas 5.000”, disse. No fim de semana, em viagem à China, Temer classificou como “mínimas” e “inexpressivas” as manifestações contra seu governo que ocorreram logo após a efetivação do impeachment, na quarta-feira. “São 40 pessoas que quebram carro?”, questionou o presidente, em alusão aos tumultos e depredações a patrimônios públicos e privados durante as manifestações.

“(Eleições) Diretas, que diretas? Desfazer a economia e a Constituição? A Constituição não prevê (novas) eleições, só prevê o impeachment. Não é porque meia dúzia quer isso que tem de ocorrer. A minoria não pode desrespeitar a maioria.” 




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