A Câmara de Ribeirão Pires aprovou ontem, por oito votos a dois, o aumento de até 18% do IPTU para o próximo ano. Para o reajuste acontecer, era necessário apoio de dois terços dos vereadores, o equivalente a oito votos. O projeto de lei do prefeito Clóvis Volpi (PV) determina reajuste da PGV (Planta Genérica de Valores) de 18% e de 30% no valor do metro quadrado de construção. O argumento do verde é de que o valor venal dos imóveis está defasado em relação ao preço de mercado.

Embora o único oposicionista, Saulo Benevides (PV), e o aliado Koiti Takaki (PV) terem votado contrários à proposta, o voto decisivo foi o do vereador José Vicente de Abreu, o Vicentinho (PR). A vereadora Diva Bartolo, a Diva do Posto (PR), não compareceu, pois está enferma. No caso, o presidente da Casa que não é obrigado a votar em todas as sessões substituiu o voto da par.

Mas o interessante é que na votação anterior, que ocorreu em 30 de novembro, na qual a matéria foi rejeitada, Vicentivotou junto com Koiti, Diva e Saulo contra o item.

Porém, ontem o republicano mudou de ideia e preferiu ficar do lado do governo. "Não tenho medo de votar favorável. Não adianta pagar nada no IPTU e não ter asfalto." Vicentinho argumentou que os percentuais de reajuste variam de acordo com a localização. "Bairros como 4ª Divisão e Ouro Fino variam de 3% a 7%. Pode chegar a até 18% no Centro, onde a população é mais rica", afirmou.

Já Koiti reiterou que concordaria com o reajuste referente à inflação, em torno de 7%, mas achou o aumento aprovado ‘excessivo'. "A população de Ribeirão já está pagando muito imposto."

Saulo Benevides, por sua vez, classificou o aumento como ‘abusivo'. "Duvido que o reajuste no valor do imposto ficará nos 18%. Há locais que esse valor praticamente vai dobrar. Quanto mais se aumenta o imposto maior é a inadimplência. Lamento pelo voto do Vicentinho."

BICO OFICIAL - Foi aprovado de forma unânime o convênio com a Secretaria de Segurança do Estado para contratar policiais militares. Eles atuarão fardados no munícipio em dias de folga para auxiliar a GCM (Guarda Civil Municipal). O prefeito Clóvis Volpi não divulgou o número de PMs que contratará, mas disponibilizará R$ 40 mil por mês para a gratificação dos profissionais.