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Matemática foi a prova mais difícil da Fuvest
Roberta Nomura
Especial para o Diário
13/01/2006 | 08:21
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A segunda fase da Fuvest terminou nesta quinta com a prova de Matemática, considerada difícil pelos candidatos a uma 10.247 vagas oferecidas na USP (Universidade de São Paulo). Todos os estudantes ouvidos pelo Diário deixaram pelo menos uma das dez questões dissertativas em branco. Dos 687 inscritos para realizar o exame na Imes (Universidade Municipal de São Caetano), único local de prova na região, 47 não compareceram (6,9% de abstenção). A lista de aprovados do vestibular mais concorrido do país será divulgada no dia 8 de fevereiro.

Candidato a uma vaga em Geofísica, Igor Colombo, 18 anos, enfrenta a rotina de vestibulares pela segunda vez. “Neste ano, achei mais complexo. Mas pelo nível da primeira fase, que achei complicada, esperava uma prova mais difícil ainda”, diz o estudante de São Bernardo, que afirma ter deixado duas questões em branco. A pressão, aliada à grande quantidade de fórmulas matemáticas exigidas, foi determinante para a andreense Cristina Hayashida, 19. “A prova não estava tão complicada, mas o nervosismo me fez esquecer algumas fórmulas”, conta a candidata ao curso de Gerontologia.

Para o coordenador do Anglo Vestibulares de Santo André e professor de Matemática, Clayton Ferreira de Figueiredo, o exame privilegiou o aluno de boa formação no ensino médio. “Quem viu o programa completo da disciplina conseguiu resolver as questões. Foi cobrado tudo o que foi visto, só que em um nível elevado”, diz. O professor afirma que a prova foi composta por questões tradicionais, consideradas trabalhosas, e algumas muito inteligentes e bem elaboradas. “O candidato encontrou mais de um assunto numa mesma questão. Era preciso ter um conhecimento teórico bom, mas tinha de saber aplicá-lo”, explica.

Para conquistar uma das vagas em Lazer e Turismo, Lara Forni Miranda, 17 anos, teve de fazer as provas de Português, História e Geografia. “Matemática foi a prova mais difícil da segunda fase. Deixei duas questões em branco”, revela. Mesmo com a dificuldade encontrada, a estudante de São Caetano terminou a prova antes das 15h, tempo mínimo de permanência nas salas. “Saí rápido porque Matemática não tem como inventar. O que não sabia, não pude resolver”, diz.

Unicamp – Os 14.911 candidatos aprovados para a segunda fase do processo seletivo da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) realizam as avaliações entre os dias 15 e 18. Ao todo, são oito provas dissertativas com 12 questões cada.

 



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