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Mortalidade infantil registra redução em três municípios

Diadema, Mauá e São Bernardo registraram
queda de óbitos para cada mil nascidos vivos

Por Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
27/04/2015 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


De cinco municípios do Grande ABC, três conseguiram reduzir os índices de mortalidade infantil no comparativo entre 2013 e 2014. Diadema, Mauá e São Bernardo registram queda no número de óbitos para cada 1.000 nascidos vivos, ao contrário de Santo André e São Caetano. As secretarias de Saúde de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não informaram.

Em Diadema, de acordo com dados publicados pelo DataSUS, do Ministério da Saúde, o índice de mortalidade em 2013 de crianças com até 1 ano era de 15,8 óbitos por 1.000 nascidos vivos. Embora as estatísticas referentes ao ano passado ainda não tenham sido divulgadas, a projeção da Secretaria Municipal de Saúde é de índice de 11,5.

Para chegar ao feito, a Prefeitura destaca a implantação do Projeto Vida, dentro do Programa Saúde em Movimento, em junho de 2013, com ações voltadas à gestante e ao bebê de até 2 anos.

No início do mês, Mauá, que sempre registrou o número mais alto da região, anunciou a menor taxa de mortalidade infantil de sua história, passando de 15,71 para 12,46. A secretária de Saúde, Célia Cristina Pereira Bortoletto, ressalta que a estatística é um dado preliminar que a Pasta está acompanhando atentamente. “Nossa meta é que até o fim desta gestão estejamos com os indicadores em um dígito, assim como ocorre nas cidades mais avançadas, o que impacta no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).”

Em São Bernardo, o índice, que era de 11,5 óbitos, foi para 10. A cidade possui o Comitê Municipal de Mortalidade Materna, Fetal e Infantil. Após analisar as mortes, a organização elabora relatórios para os gestores dos serviços, com a identificação de possíveis falhas de acesso ou assistência, propondo medidas para prevenção de novas ocorrências.

Já entre os municípios que não tiveram redução, São Caetano passou de 5,44 para 6,02 óbitos a cada 1.000 nascidos vivos, mas salienta que os dados são preliminares e estão sujeitos a alterações. A Prefeitura ressaltou que uma das principais iniciativas no combate ao problema são cursos permanentes para gestantes. Informações sobre as datas podem ser obtidas pelos telefones 4221-5981 e 4232-1123.

Em Santo André, a taxa, que estava em 10,07 foi para 11,61, também com possibilidade de alteração. Para enfrentar a questão, foi implementado o Programa de Atenção ao Recém-Nascido, que garante a primeira consulta em até 10 dias de vida, seguindo a normatização do projeto Rede Cegonha, estratégia do Ministério da Saúde. Para a ação, 38 enfermeiras foram capacitadas pela rede de atenção básica.

Principais causas de óbitos são prematuridade e malformações

A coordenadora médica da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal do Hospital da Mulher de Santo André, Sueli Aparecida Bispo de Souza, aponta que as principais causas de mortalidade infantil no município são fatores relacionados a complicações na gestação e no parto – com destaque para a prematuridade –, seguidos pelas malformações congênitas.

A especialista ressalta a importância das campanhas de pré-natal e destaca que muitas mulheres com poucas condições financeiras acabam não fazendo o exame, assim como tem aumentado o número de gestantes usuárias de drogas que estão com a saúde debilitada “É preciso que as mulheres façam esse acompanhamento corretamente, pois ele é essencial para evitar ou diminuir as chances de um parto nessas circunstâncias.”

A médica pontua que as cidades da região têm investido nas UTIs neonatais, que também são fundamentais para reduzir as taxas de mortalidade infantil. 




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