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Sífilis primária
Por Leo Kahn
17/11/2017 | 07:00
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 Também chamada de cancro duro, é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum e tem como característica três fases clínicas distintas e sequenciais, separadas por períodos de infecção latente assintomática.

A transmissão ocorre de uma pessoa para outra durante o ato sexual com parceiro infectado, por transfusão de sangue contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou o parto.

 

As fases são:

Primária – Após período de incubação de três a quatro semanas (alcançando uma a 13 semanas), a lesão primária se desenvolve no local de inoculação.

Secundária – A bactéria é disseminada pela corrente sanguínea, produzindo lesões mucocutâneas generalizadas e edema dos linfonodos. Aproximadamente 25% permanecem com um cancro residual.

Terciária ou tardia – Cerca de um terço das pessoas sem tratamento desenvolve sífilis tardia, embora, algumas vezes, não muitos anos depois da infecção inicial.

 

Fatores de risco:

Baixo nível escolar

História prévia de DST

Sexo sem preservativo

Baixa renda

Situação conjugal (união estável ou não estável)

Baixa idade da primeira relação sexual e da gestação

Elevado número de parceiros sexuais

Uso de drogas

 

Sinais e sintomas:

Lesão primária se desenvolve no local de inoculação.

Pápula hiperemiada inicial

Úlcera indolor com base firme

Soro claro com numerosas espiroquetas

Linfonodos regionais são firmes, discretos e não dolorosos.

O diagnóstico é realizado pela história e exame físico, associado a exames complementares, como a observação e raspagem das feridas para avaliar a presença da bactéria, útil nas fases iniciais.

Os exames de sangue que avaliam a presença de anticorpos contra a bactéria, como VDRL ou FTA-ABS,podem ser feitos após duas a três semanas da infecção, sendo úteis para investigar indivíduos que não apresentam lesões ativas.

 

Saiba mais:

Suspeita-se de sífilis primária com base em úlceras genitais, algumas vezes extragenitais, relativamente indolores.

Essas pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços nas virilhas surgem entre sete e 20 dias após o sexo desprotegido com alguém infectado.

A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus.

Estas lesões costumam desaparecer após cerca de quatro a cinco semanas.

A infecção continua latente na pessoa, e pode voltar a se manifestar a qualquer momento, caso o tratamento não seja feito.

Ao alcançar certo estágio, podem surgir manchas em várias partes do corpo (inclusive mãos e pés) e queda dos cabelos.

A prevenção da sífilis é feita com o uso do preservativo em todos os contatos íntimos.

Diminuição da quantidade de parceiros é muito importante.

Durante o tratamento recomenda-se não ter relações.

Essa patologia pode ficar silenciosa por meses ou anos.

Até o momento em que surgem complicações graves, como cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas cardíacos, podendo levar à morte.

Procure seu médico.




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