Em 12 meses, a inflação atingiu a marca de 12,13% e, em abril, registrou a maior variação deste mês desde 1996. Segundo pesquisa do IBGE, esta alta afeta oito em cada 10 itens pesquisados. Isso impacta diretamente na vida do empreendedor, afinal, os insumos aumentaram e o valor precisa ser contabilizado em algum local, ou no bolso do cliente ou do empresário.

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Para explicar a situação e ajudar o PME a navegar por esses tempos difíceis, Felipe Montenegro, head de planejamento financeiro da fintech Letsbank, traz algumas dicas. “Apesar de preocupante, não é hora de pensar em desistir. Primeiro, é importante falar como a inflação impacta o negócio. Em abril, os grandes aumentos de preço vieram de alimentos e transportes, nesse último, principalmente por causa da alta dos combustíveis. Então, se o negócio depende desses produtos, o empreendedor já deve ter sentido bolso”, comenta.

O especialista destaca que é difícil se proteger da inflação, mas que montar uma estratégia é necessário. “Muitas vezes o empresário não consegue repassar esse preço na ponta e acaba arcando com o prejuízo. Uma estratégia que muitos usam é reforçar o estoque, comprando um pouco mais agora para negociar preços melhores”, aponta Felipe. “Quanto ao caixa, para fazer isso, o empresário pode recorrer a operações de curto prazo, como antecipar seus recebíveis de maquininhas ou até uma linha de capital de giro.”

O profissional ainda lembra que o conselho que vale para dentro do lar, vale para a vida profissional. “A recomendação que você já deve ter ouvido para sua casa, vale também para o seu negócio. Pesquise bem fornecedores e preços para conseguir a melhor oportunidade”, diz.

“Se a inflação acabou batendo muito forte para o empresário, uma sugestão é que repasse o preço, mas dê também mais prazo aos clientes. Se não costumava trabalhar com parcelado, considere vender em duas vezes, para assim conseguir faturar mais. Seja flexível e aproveite as épocas que o produto mais sai para não perder vendas”, finaliza Felipe.

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