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Simões aposta na posição crítica a Marcelo para quebrar tabu e virar deputado federal

Vereador corre contra escrita de Mauá nunca ter eleito nome direto a Brasília

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
06/09/2021 | 00:09
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Divulgação


Sargento Simões (Podemos) demorou quatro eleições para conseguir conquistar uma cadeira de vereador na Câmara de Mauá e, atualmente parlamentar, trabalha para ser candidato a deputado federal no ano que vem. Ele aposta no fato de ser o mais ferrenho opositor do prefeito Marcelo Oliveira (PT) e na ausência de candidaturas fortes em Brasília no Grande ABC.

“Sou vereador de um mandato só. Por mais bem intencionado que você seja ou por melhor que sejam suas ideias, você depende muito mais dos outros do que si próprio. O dinheiro está em Brasília. Para trazer recursos que a região precisa o lugar é Brasília. São Paulo é pequeno para gente. Minha intenção é ir para Brasília conquistar coisas grandes para a região”, citou.

Em oito meses, Simões se notabilizou por ser ácido questionador do governo petista. Ele usa a tribuna em todas as sessões – sem máscara, destoando dos demais colegas –, sempre buscando novas abordagens para criticar a gestão. Ele já cantou o clássico de Martinho da Vila Devagar, Devagarinho para ironizar sobre a velocidade das ações da Prefeitura e distribuiu antiácido e remédio para dor de cabeça à base aliada. “Defender esse governo dá azia ou dor de cabeça, não tem jeito.”

A crítica a Marcelo surgiu até mesmo quando Simões avaliou os prováveis concorrentes regionais ao assento em Brasília. Ao analisar o potencial eleitoral do ex-prefeito Luiz Marinho (PT), de São Bernardo, em solo mauaense, ironizou. “Sei que o Marinho pedirá (suporte), mas não sei se o Marcelo está disposto a ajudar. Mas também não sei se é bom ter o apoio do Marcelo. Não gostaria de ter apoio do Marcelo para federal. É um governo que não mostrou a que veio. Ele é o Soneca dos Sete Anões (em referência ao clássico livro Branca de Neve e os Sete Anões). É fraco, lento, devagar, sem experiência na administração. Conduz um governo que patina parado.”

Sobre a candidatura a federal do ex-aliado Júnior Orosco (PDT), Simões disparou: “Ele nem de Mauá é mais “teve votação pífia na cidade em 2018”. “Ele morava aqui quando era casado com a (ex-deputada estadual) Vanessa Damo. Mudou-se com aquelas questões todas da separação deles. Hoje está em São Paulo. Não à toa teve votação fraca aqui.”

Simões avaliou a possibilidade de quebrar um tabu – a cidade teve deputados federais, mas nunca elegeu um (os que chegaram a Brasília eram suplentes que assumiram as vagas. “Para tudo tem a primeira vez. O Flamengo foi campeão brasileiro em 2009 ganhando do Santos na Vila Belmiro, coisa que nunca tinha conseguido. Paradigmas existem para ser quebrados.” 




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