Economia Titulo Após assembleia
Trabalhadores da Paranapanema protestam na sede do Scotiabank
Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
18/12/2020 | 00:07
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Reprodução


Trabalhadores da metalúrgica Paranapanema, que fabrica tubos de cobre em Santo André, vão realizar protesto pacífico em frente à sede de um dos credores da empresa hoje. Aproximadamente 400 funcionários da unidade vão até a sede do Scotiabank, na Avenida Faria Lima, em São Paulo, instituição que chegou a pedir a falência da companhia, o que foi freado pela Justiça. Os empregados temem pela dificuldade de acordo de pagamento, que vem sendo negociado desde o início do ano, e eventual encerramento das atividades.

A Paranapanema negocia o pagamento de dívida de US$ 510 milhões, ou seja, cerca de R$ 2,5 bilhões (conforme o dólar de ontem, cotado a R$ 5,07). Na última semana, a empresa obteve liminar no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que sustou todos os protestos feitos em cartórios pelo Scotiabank, um dos dez credores da empresa. A Paranapanema deve ao Scotiabank 7% do montante total de suas dívidas, ou seja, R$ 174,4 milhões.

Conforme o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá Adilson Torres, o Sapão, há cerca de 750 trabalhadores na unidade andreense e a expectativa é que 400 devem ir até o local em dez ônibus. A decisão foi aceita em assembleia realizada ontem.

“Vamos fazer um protesto pacífico, mas mostrando para o banco que é preciso ter responsabilidade social. Com essa atitude, ele pode desempregar trabalhadores e desamparar as famílias. Nosso intuito é até que um representante do banco venha conversar com a comissão de trabalhadores para que a gente possa expor a nossa preocupação com relação aos empregos e ao futuro da empresa”, disse.

As negociações com os demais credores, que detêm 93% dos créditos, prosseguem. O objetivo é concluir este processo de renegociação até o fim do mês.

Questionada sobre o assunto pelo Diário, a empresa afirmou que não ia comentar.
 




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