Depois do sucesso de O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, a colorida comédia romântica de Jean-Pierre Jeunet que quebrou as barreiras impostas pelos norte-americanos ao cinema francês – com cinco indicações ao Oscar no ano passado –, a atriz Audrey Tautou se transformou na estrela de seu país. Pois a graciosa – e talentosa – francesinha está de volta ao circuito brasileiro, desta vez em Bem Me Quer... Mal me Quer (A La Folie... Pas Du Tout, França, 2002), que estreou sexta-feira.

Como definiu o crítico da publicação New York Observer, “o espectador pode adorar ou odiar Audrey, mas nunca será aborrecido por ela”. A atriz começou em pequenos papéis em filmes para a televisão e estreou no cinema aos 21 anos como Marie, de Instituto de Beleza Vênus, de Tonie Marshall, pelo qual ganhou o César de atriz revelação em 2000. Desde Amélie, Audrey já filmou com Vincent Perez e Fanny Ardant em Le Libertin e protagonizou o novo trabalho de Pascale Bailly, Je Suis Toute Petite. Seu próximo longa é Dirty Pretty Things, de Stephen Frears. Com seu primeiro filme falado em inglês, ela dá início a sua carreira internacional.

Em Bem me Quer..., Audrey interpreta a jovem Angélique. Bonita, ela tem uma promissora carreira de artista pela frente, embora ainda se sustente com bicos de babá e garçonete. Angélique, no entanto, só tem olhos para o amor. Ela é apaixonada por um cardiologista de 35 anos, casado, que está prestes a ser pai. Pior: Loïc (Samuel Le Bihan) não a ama e a trata mal. Apesar disso, ela se ilude com a certeza de que um dia os dois irão se casar e ser muito felizes.

Essa é a história segundo Angélique. A segunda metade do filme é dedicada à versão de Loïc. Uma saída criativa da diretora Laetitia Colombani, de apenas 26 anos, para a mesmice das histórias de amor.