A Polícia Civil indiciou nesta quarta-feira a funcionária de um posto de combustível acusada de participar de um assalto ao estabelecimento, ocorrido em maio, na cidade de Curitiba (PR). Patrícia Cabral da Silva estava grávida e chegou a ser baleada na barriga, mas gravações mostram que ela pediu para ser atingida para receber indenização.

 A fita foi apresentada pelo advogado de um dos acusados, Luiz Carlos Cândido. Na conversa com a suposta funcionária, ela acaba revelando sua participação e diz que o interesse era conseguir uma indenização, enquanto os três assaltantes ficariam com os cerca de R$ 60 mil que estavam no cofre.

Eles tinham, inclusive, “acertado” que o tiro deveria ser dado de raspão, na barriga. Como Oliveira teria esquecido do combinado, as imagens gravadas no circuito interno do posto de combustível mostram que ele retornou apenas para isso.

Na gravação, Cândido diz que não sabia que ela estava grávida e Patrícia responde que, se tivesse contado, eles não teriam coragem de dar o tiro. A jovem também lhes diz que, no roubo de computadores, esqueceram de levar o principal, que era justamente o que continha a gravação.

Apesar do tiro, Patrícia conseguiu levar a gravidez até o final com a bala alojada na barriga.

Confira um trecho da conversa divulgada pela Polícia Civil:

Homem: Mas o que tá mais repercutindo foi praticamente o tiro que tu pediu pra eu dar em você, cara.
Mulher: Sim, eu sei.
Homem: E a indenização, e a indenização? Vai ganhar alguma coisa?
Mulher: Cento e cinqüenta mil reais, eu vou pedir.
Homem: Cê vai pedir cento e cinqüenta mil reais de indenização?
Mulher: Ahã. Mais ou menos. O advogado quer pedir mais ou menos isso.