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Feira termina em confusão e violência
22/10/2005 | 00:31
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Principal reduto do contrabando e da pirataria na capital federal, a Feira dos Importados, conhecida por Feira do Paraguai, teve ontem uma manhã de confusão e violência. A retirada de barracas irregulares numa ação de 30 fiscais da Secretaria de Atividades Urbanas do Distrito Federal gerou um tumulto, que acabou em confronto direto entre feirantes e homens da temida DOE (Divisão de Operação Especial) da Polícia Civil.

Os policiais, chamados para garantir a segurança dos fiscais e acabar com a confusão, foram recebidos a pedradas pelos feirantes. Para revidar, os homens do DOE deram tiros para cima, atiraram balas de borracha contra os feirantes e lançaram bombas de efeito moral. No meio do tumulto, vendedores foram atingidos por estilhaços das bombas e pedaços de pau e pedra. Um deficiente físico, Valdemar Pereira da Silva teve de ser socorrido. Crianças e idosos estavam no local no momento do confronto.

O prejuízo foi geral. Todos os feirantes, em dia com a fiscalização ou não, tiveram de fechar as portas.

Localizada a 10 quilômetros da Praça dos Três Poderes, a Feira do Paraguai sempre causou problemas para o governo federal. No ano passado, os técnicos do Ministério da Justiça que elaboravam normas mais rígidas contra a pirataria e o contrabando de CDs, bolsas e roupas passaram por momentos de constrangimento por causa do funcionamento do mercado. Uma diretora da grife Louis Vuitton, depois de uma visita à feira, espalhou na mesa da equipe que preparava a proposta de uma nova lei dezenas de cartões de feirantes que vendiam cópias de bolsas de suas empresas.




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