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Tênis pirateados são apreendidos no ‘Paraguaizinho’ em S.Bernardo
Illenia Negrin
Do Diário do Grande ABC
15/09/2005 | 08:04
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A polícia apreendeu quarta-feira cerca de 270 pares de tênis falsificados no camelódromo da praça Lauro Gomes, comércio popular conhecido como Paraguaizinho, no Centro de São Bernardo. Cinco camelôs estão sendo averiguados e podem responder por crime contra registro de marca e concorrência desleal. Eles admitiram à polícia que os produtos foram comprados na Galeria Pajé e na rua 25 de Março, o templo da pirataria na região central de São Paulo, que não possuem nota fiscal.

Os calçados eram vendidos como sendo originais das grifes Qix e Mary Jane, consumidas pelo público jovem adepto da skate wear. Nas lojas, o par de tênis é vendido por R$ 150; no camelô, o modelo falsificado valia R$ 50. O representante das marcas em São Paulo, Vicente Ramón Bogarin Gamarra, há dois meses percorre camelódromos no Grande ABC para identificar os pontos de venda de produtos falsos. Quarta-feira, a investigação de Gamarra levou a polícia ao Paraguaizinho. Em Santo André e Diadema, já foram apreendidos mais de 500 pares que foram pirateados.

O delegado do 1º DP de São Bernardo, Hildo Estraioto Júnior, diz que a polícia só atua nesses casos depois que o dono da marca lesada se manifesta. Ele afirma que aguarda o resultado da perícia técnica para dar seqüência ao processo. "Só depois que o laudo comprovar que se trata de falsificação podemos abrir investigação formal e indiciar os comerciantes", explica. No mês passado, a polícia civil da cidade já havia promovido operação semelhante no Paraguaizinho e apreendido mais de 2 mil pares de tênis falsificados das marcas Umbro, Vulcabrás e Hanna How Shoes. Na ocasião, 11 camelôs foram detidos para averiguação.

O fabricante das marcas Qix e Mary Jane, que fica em São Sebastião do Caí (RS), enviará os modelos originais para que sejam comparados aos produtos apreendidos. O representante da Qix Skateboards Indústria e Comércio Ltda diz que a pirataria tem desacelerado a produção dos tênis e que cerca de 400 funcionários foram demitidos no último ano.

"Hoje, 300 pessoas trabalham na fábrica. A falsificação gera um prejuízo de R$ 1,3 milhão por ano. A maioria dos calçados piratas são produzidos em Franca (SP) e em Nova Serrana (MG). São cópias bem feitas, mas dá para ver que não é o produto original", sustenta. O material apreendido será enviado à fábrica da Qix e Mary Jane e, em seguida, destruído.




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