Política Titulo Eleição interna
Mudança na OAB-SP não reflete no Grande ABC

Quatro candidatos situacionistas vencem nas subsecções da região; atual mandatário em S.Paulo, Caio Augusto é derrotado

Júnior Carvalho
do Diário do Grande ABC
27/11/2021 | 00:01
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Divulgação


A onda da mudança que impôs derrota ao atual presidente da seccional paulista da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Caio Augusto Silva Santos, na disputa pela reeleição, na quinta-feira, não refletiu na maioria das subsecções da entidade no Grande ABC, onde pelo menos quatro advogados situacionistas levaram a disputa. Em São Paulo, Caio foi superado por Patrícia Vanzolini, que se tornará a primeira mulher a presidir a entidade na história da Ordem.

Atual dirigente da subsecção da OAB em São Caetano, João Paulo Borges Chagas foi conduzido para mais um mandato para o triênio 2022-2024, com 1.231 votos. Na cidade, não houve disputa – Chagas encabeçou chapa única. Em Diadema, o atual vice-presidente da OAB na cidade, Renato Moreira Figueiredo, venceu a disputa contra o oposicionista Lusinauro Batista do Nascimento com o apoio do atual presidente, Fernando Duque Rosa, que assumirá o posto de conselheiro.

Outro que conquistou a reeleição foi o atual presidente da OAB de Mauá, Jozelito de Paula (288 votos), que, apesar da vitória, assistiu à disputa acirrada. Segunda colocada, Fernanda Massagardi Rodrigues Simões recebeu 219 votos. A lista de reeleitos é completada por Ricardo Abou Rizk, atual presidente da OAB em Ribeirão Pires – recebeu adesão de 363 votos. <EM>

O movimento pró-mudança só se estendeu nas subsecções de Santo André e de São Bernardo. No primeiro município, a atual dirigente Andrea Tartuce foi superada pelo oposicionista Leonardo Dominiqueli, também em resultado apertado: 1.359 votos a 1.294. “Estou sem palavras para descrever o sentimento vivido ontem (anteontem) nas eleições da nossa entidade. Quero agradecer a todos os advogados que, de alguma forma, nos ajudaram e incentivaram durante essa trajetória. Nossa advocacia unida não ficará apenas como nome escolhido para a nossa chapa. Essa ideia será implementada em nossa gestão. A partir de hoje estamos no mesmo time, enfrentando as mesmas dificuldades. Porém, acredito que unidos seremos mais fortes. Obrigado, de coração, pela confiança da advocacia andreense”, celebrou Dominiquelli. A corrida à OAB de Santo André foi marcada por embates fortes entre as duas chapas – Dominiqueli chegou a acusar Andrea de usar os canais oficiais da subsecção nas redes sociais para promover sua própria imagem na eleição.

EM SÃO PAULO
Na OAB paulista, Patrícia superou Caio Augusto por 36,05% (67.395) a 32,73% (61.196) dos votos. Com muita alegria e honra de ser escolhida a primeira mulher a presidir a OAB de São Paulo (...) Mais do que representar a primeira mulher no comando da maior seccional do País, reconheço o peso da responsabilidade que é reconstruir a OAB com meu compromisso de atuar na defesa intransigente das prerrogativas de todos os advogados e da valorização da profissão, do primeiro ao último dia de meu mandato”, prometeu Patrícia.

Todos os eleitos nas seis subsecções da região apoiavam a reeleição de Caio Augusto. 




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