Direitos do consumidor Titulo Coluna
A pandemia e as diferentes profissões
Ruslan Stuchi
11/05/2020 | 07:00
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As condições de trabalho em diversos setores no Brasil foram diretamente afetadas pela crise provocada pelo coronavírus (Covid-19). Desde o começo do isolamento físico, empregadores e empregados estão se adaptando ao novo modelo de trabalho que foi imposto pela pandemia, fazendo com que a classe de trabalhadores inove o jeito de exercer suas atividades.

Algumas categorias conseguiram se adaptar e realizar os trabalhos de casa, por meio do <CF160>home office</CF>, mas uma grande parte considerada essencial não consegue prestar os seus serviços remotamente, tendo que desempenhar suas atividades presencialmente nos seus postos de trabalho. Podemos citar algumas atividades que não conseguem trabalhar remotamente, entre elas: parte dos bancários, saúde, frigoríficos, mercados, ferroviários e motoristas de caminhão, entre outros.

Os serviços essenciais não podem parar, pois são considerados necessários para sobrevivência básica da população e, com isso, os empregadores foram acionados e têm que respeitar várias determinações para minimizarem os riscos iminentes que norteiam os empregados que continuam trabalhando presencialmente neste período de pandemia.

No caso dos bancários, foram tomadas as devidas precauções para preservar os serviços e a população. Foi reduzida a quantidade de colaboradores, houve o afastamento dos funcionários em grupo de risco, a redução da carga horária dos atendimentos e a criação de um horário especial para os atendimentos aos idosos.

Já os ferroviários também criaram condições diferentes para evitar a propagação do vírus no País. Reduziram o quadro de funcionários e, desde o dia 4 de maio, é obrigatório no Estado de São Paulo o uso de máscaras de segurança a todos os usuários de trens e Metrô, assim como nos táxis e veículos de motoristas de aplicativo.

Os frigoríficos e supermercados, também considerados serviços essenciais, estão tomando as medidas de prevenção. Reduziram carga horária, funcionários, bem como adotaram medidas de segurança, tal como o uso recorrente de luvas e máscaras e o uso recorrente de álcool em gel e a lavagem das mãos.

Outros exemplos de serviços em que as condições de trabalho foram alteradas devido à pandemia são os dos professores, jornalistas e químicos, dentre outros, que, dependendo do caso, tiveram seus contratos suspensos ou passaram a prestar os serviços remotamente.

Os professores, com as aulas suspensas, estão trabalhando remotamente. A maioria deles está gravando aulas e disponibilizando para seus alunos de forma on-line, aplicando exercícios e atividades para que o ano letivo não seja perdido. Não falo só em rede particular, como faculdades e universidades, mas também em escolas estaduais e públicas, tanto no ensino básico até o ensino médio.

Os jornalistas, que têm um papel muito importante nesta quarentena, estão gravando vídeos de suas residências, bem como fazendo e elaborando reportagens remotamente, fazendo videochamadas e ligações para que a informação não pare de chegar à população brasileira.

Quando for autorizada a retomada progressiva dos serviços no País, serão tomadas medidas que terão que fazer parte da rotina de cada setor, seja ele essencial ou não. Certamente o uso de máscara de proteção será obrigatório por um determinado período de tempo para utilizar os transportes, bem como na entrada de supermercados e farmácias.

Por fim, tanto remotamente quanto presencialmente, os trabalhadores devem tomar cuidados em relação ao possível contágio. No caso dos trabalhadores presenciais, a empresa deve estipular modelos que gerem mais segurança aos seus empregados. Os empregadores devem fornecer os insumos necessários para a prestação dos serviços. Não existe uma lei específica para isso, devido à pandemia ser recente, somente orientações gerais. Desse modo, vale o bom senso do empregador para preservar a saúde de seus colaboradores e evitar uma futura judicialização.

Nos locais de trabalho em que há contato com o público, o estabelecimento deve evitar aglomerações de pessoas, fazendo com que o local tenha um número máximo de frequentadores e reduzido ao mesmo tempo, assim, protegendo os consumidores e os empregados do estabelecimento.

Podemos dar como conclusão que esta pandemia afeta diretamente toda a população, tanto para empregadores quanto empregados, que devem sempre pensar em minimizar ou, se possível, eliminar os riscos de contaminação. Os profissionais que trabalham presencialmente e remotamente certamente terão mudanças de hábito e de costumes, adquirindo procedimentos que se tornarão presentes por longo período em nossa sociedade.
 




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