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Secretário de Doria rebate doutrinação nas escolas

Chefe da Educação, Rossieli Soares diz que prioridade é formação de professores e alfabetização

Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
14/05/2019 | 07:00
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Isabelle Caldeira - TV Cultura


Secretário de Estado de Educação, Rossieli Soares diz não acreditar na doutrinação por parte de professores nas salas de aula, como sustenta o chamado projeto escola sem partido, bandeira defendida pelo governador João Doria (PSDB) e pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite de ontem, Rossieli Soares afirmou que a prática de filmar professores em aula “não é o caminho”. O diretor de Redação do Diário, Evaldo Novelini, integrou a bancada de entrevistadores.

“Acho que temos de chegar na escola e dar suporte ao professor. São tantas coisas importantes que precisam ser discutidas. Lógico que qualquer um que abusar da sua posição (partidária), seja professor ou até secretário, a rede precisa resolver. Mas, na minha opinião, esse (projeto escola sem partido) não é o foco. O foco é saber por que tantos jovens deixam as escolas ou por que não aprendem. Se o aluno sabe ler, ele vai saber fazer suas próprias escolhas (político-partidárias)”, defendeu o secretário.

Soares também minimizou as dificuldades da gestão da educação no Estado mesmo o Palácio dos Bandeirantes tendo sido governado pelo PSDB há sete mandatos consecutivos – desde 1995, com Mário Covas. “O fato de ter o mesmo governo (por vários anos) não significa que tem a mesma linha de gestão. Continuidade é importante, mas não uma continuidade qualquer. Estamos olhando para trás vendo o que deu certo e o que deu errado para tentar acertar lá na frente”, frisou.

Questionado pelo diretor de Redação do Diário sobre como executar a promessa de Doria em recolocar o Estado no topo do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) até 2021, o secretário citou série de medidas, como construir um “currículo escolar que olhe para o século 21” e aumentar a taxa de professores que trabalham em uma mesma unidade. “São Paulo precisar olhar para isso, de deixar o professor o mais tempo possível na mesma escola. Temos 30% dos professores nessa situação e queremos chegar, quem sabe, a 55%. Isso é muito importante para que ele possa criar identidade com a escola”, defendeu o ex-ministro de Educação – atuou na gestão de Michel Temer (MDB).

No segundo bloco da entrevista, Soares também respondeu ao questionamento do Diário sobre como melhorar a segurança nas escolas. Em março, massacre idealizado por dois adolescentes na EE Raul Brasil, em Suzano, deixou dez mortos. “Estamos revendo procedimentos desde detalhes simples, como não ir à escola para pegar segunda via de documentos. (Precisa) Aumentar a ronda e trabalhar em conjunto com a Polícia Militar”, citou. 




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