Mais votado na eleição do dia 2 em São Caetano, o vereador Marcel Munhoz (PPS) acredita que até o fim do primeiro ano o prefeito eleito da cidade, José Auricchio Júnior (PSDB), conseguirá “colocar a casa em ordem” para iniciar a série de projetos que consta em seu plano de governo. “De imediato será difícil implementar os programas. Terá de sentar e ver o Orçamento, o que poderá ser feito. Creio que no decorrer dos anos ele vai conseguir colocar o plano de governo em prática”, avaliou Munhoz, em visita ao Diário.

Presidente do PPS em São Caetano, Munhoz recebeu 2.999 votos no dia 2 e estava no arco de aliados de Auricchio na eleição. Segundo ele, a expressiva votação não estava nos planos. “Nem eu mesmo esperava por isso. Evidentemente que fiz meu mandato pautado no trabalho, nos atendimentos no gabinete, no que a população de São Caetano precisava. Mas, sinceramente, não esperava, porque estava na oposição (ao governo de Paulo Pinheiro, PMDB) e sem recursos. Estou orgulhoso do resultado”, afirmou o popular-socialista, que partirá para o segundo mandato.

Munhoz apontou que luta de seu novo mandato será a implementação das barreiras eletrônicas, projeto de monitoramento eletrônico das vias e divisas da cidade para inibir a criminalidade. “Podemos fazer de São Caetano um município piloto neste aspecto no Grande ABC. Se houver queda na criminalidade, como já houve em cidades onde o modelo foi adotado, poderíamos tratar no Consórcio (Intermunicipal do Grande ABC). Há bons resultados em Indaiatuba e Guarulhos, por exemplo”, comparou ele, declarando também que pautará os trabalhos nas áreas de Saúde e Educação. “Quero batalhar por outro centro odontológico em São Caetano.”

PRESIDÊNCIA DA CÂMARA
Munhoz despistou sobre ser candidato do futuro governo Auricchio para o comando do Legislativo. Como mais votado da cidade, ele se tornou nome natural à concorrência pelo posto máximo da Casa. “Não discuti nem penso nisso no momento. Meu foco é agradecer aos meus eleitores”, considerou o popular-socialista. “Mas evidentemente que isso (ser presidente da Câmara) atrai qualquer um.”

O parlamentar argumentou também que manterá perfil mais discreto nas sessões. “Minha atuação é junto ao munícipe. Mais isso do que ações na sessão. Terei a mesma simplicidade.”