Economia Titulo Grande ABC
Bancários decidem entrar em greve no Grande ABC a partir de terça-feira

Categoria reivindica 12,5% de aumento e mais contratações; bancos oferecem 7%

Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
26/09/2014 | 07:07
Compartilhar notícia
Ricardo Trida/DGABC


Em assembleia realizada ontem à noite, os funcionários de instituições bancárias aprovaram greve no Grande ABC a partir da 0h de terça-feira, dia 30. A paralisação não deve ocorrer em todas as agências dos sete municípios ao mesmo tempo já que a ideia, segundo o presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, Eric Nilson, é fazer uma mobilização crescente, assim como em anos anteriores.

Isso significa fazer paralisações, a cada semana, em diferentes bairros ou cidades da região, e ir ampliando o número de agências fechadas ao longo de outubro. A estratégia será definida em novo encontro com os trabalhadores no dia 29, mas Nilson adianta que os locais em que haverá interrupção de atividades não serão divulgados previamente.

REAJUSTE - A categoria, formada na região por 7.000 trabalhadores (que atuam em 400 agências), reivindica em todo o País 12,5% de reajuste salarial; PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários mais R$ 6.247; piso de R$ 2.979,25 (equivalente ao salário mínimo definido pelo Dieese), entre outras cláusulas econômicas. Em relação às questões sociais, os representantes do setor lutam, por exemplo, contra sobrecarga de trabalho, por mais contratações e medidas de reforço na segurança para clientes e funcionários. De acordo com o sindicato, houve, só no primeiro semestre, 314 homologações (de profissionais que se demitiram ou foram desligadas).

Nilson cita que o objetivo é pressionar para que o setor patronal, representado pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), chegue ao que a categoria reivindica. “A proposta (feita pela Fenaban) é insuficiente para os bancários”, diz. As instituições financeiras ofereceram 7,1% de aumento (ou seja, 0,61% de ganho real, acima da inflação), piso de escritório, após 90 dias, de R$ 1.771,73 (7,5% de alta, ou 1,08% de ganho real) e PLR (como regra básica) de 90% do salário mais R$ 1.812,58, limitado a R$ 9.723,61.

A avaliação do sindicato é de que há espaço para avançar, por causa de lucros crescentes dos bancos, “Estamos abertos para negociar até o dia 29”, acrescenta Nilson.  




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;