Prefeito de Diadema e candidato à reeleição, Mário Reali (PT) vislumbra complicações administrativas caso Lauro Michels (PV) seja eleito para comandar o Executivo diademense no domingo.

"O que está por trás dele são três deputados que vão manipular esse governo. Vai ser briga de foice", afirmou Reali, em referência aos deputados estaduais Regina Gonçalves (PV) e Orlando Morando, além do ex-parlamentar estadual e vereador eleito José Augusto da Silva Ramos (PSDB).

Para o prefeito, Michels não tem preparo político e administrativo para liderar uma cidade com quase R$ 1 bilhão de Orçamento e 400 mil habitantes. Além disso, ele cita que o verde não teria suporte necessário para bater de frente contra uma suposta guerra de egos dentro da Prefeitura. "A questão do preparo é evidente. Tivemos competência administrativa para superar desafios."

O chefe do Executivo tornou a reclamar dos materiais apócrifos distribuídos na cidade contra sua campanha. E acusou o quarto lugar na eleição, o humorista Edvan Rodrigues de Souza, o Buiú (PMN), de compactuar com a política verde. "O Buiú fez papel de operador de porrada (no primeiro turno) e agora não vamos ficar quietos. Estamos botando CNPJ. Quando damos porrada assumimos. É tudo citação com fonte, não estamos mentindo."

DISCUSSÃO RELIGIOSA

Outra confusão entre petistas e verdes terminou em registro de BO (Boletim de Ocorrência) no 3º DP de Diadema. Militantes do PT acusam o vereador eleito Lúcio Araújo (PV) de distribuir panfleto apócrifo mostrando Reali e o presidente do diretório petista na cidade, Josa Queiroz, participando de culto de umbanda. Além das fotos, o folheto traz os dizeres "É assim que eles se orientam para governar sua vida."

"Eles pregam intolerância religiosa. O Estado é laico. Não pode haver esse tipo de discussão", avaliou Josa, que fez representação criminal no caso.

Lúcio desmentiu os petistas. "Estava em caminhão de som e uma pessoa entregou esse panfleto. Eu mal tinha lido o folheto e o pessoal do PT começou a tirar foto. Foi algo plantado. É perseguição política", alegou o verde.