Material será distribuído para os 15.350 educadores de
todas as escolas estaduais da região do Grande ABC
A Secretaria Estadual de Educação iniciou, ontem, distribuição de 250 mil cartilhas sobre bullying para os cerca de 220 mil educadores da rede, sendo 15.350 no Grande ABC. O material faz parte da campanha Bullying. Curta outra ideia, e foi feito pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça). A iniciativa pretende auxiliar na identificação do problema em ambiente escolar, além de fornecer dicas de como superar conflitos.
A ação é mais uma ferramenta para amparar o professor na tarefa de identificar o bullying, segundo o responsável pelo Sistema de Proteção Escolar do Estado, Felippe Angeli. "Não é o primeiro contato com o tema, até porque temos diversos projetos nessa área", destaca, referindo-se aos programas mantidos, tais como os professores-mediadores, distribuição de kits informativos, livros, DVD e jogos, além da oferta de cursos sobre justiça restaurativa em parceria com o Ministério Público.
Elaborado pela psiquiatra, escritora e diretora técnica de medicina do comportamento Ana Beatriz Barbosa Silva, o conteúdo do material explica o significado do termo bullying e suas formas de aplicação. Também traz dicas para identificar possíveis agressores e vítimas, consequências da agressão para os estudantes e ainda formas de ajudar na superação do problema.
A cartilha também está disponível no portal da Secretaria Estadual da Educação, o que permite que a comunidade possa se inteirar do tema. "Temos de buscar a união entre os diversos atores da sociedade para que cada um possa fazer seu papel", observa Angeli.
Para a presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), Maria Izabel Azevedo Noronha, a cartilha é um caminho, mas é preciso investir em campanhas fora da escola, a fim de alertar a população. "O bullying não acontece só na escola, ele está em casa e nas ruas", diz.
Parceria com canal infantil e Facebook amplia comunicação
Outra ação anunciada ontem pelo governo estadual foi a adesão à campanha Chega de Bullying, promovida desde o início do ano passado nos Estados Unidos pelo Facebook e pelo canal de televisão infantil fechado Cartoon Network.
Com criação de fan page da Secretaria da Educação do Estado na rede social, a proposta é estabelecer comunicação com os estudantes sobre o tema. "A rede social oferece acesso direto aos alunos. Com linguagem própria, é possível disseminar informações e obter retorno", destaca Felippe Angeli.
ARQUIVADO
No início de junho, o Estado anunciou que arquivou a apuração interna sobre a conduta da professora de História Roseli Tadeu Tavares Santana. Há dois meses, o Diário revelou que ela usava até 20 minutos do horário de aula para fazer pregações evangélicas aos alunos na Escola Estadual Antonio Caputo, no Riacho Grande, em São Bernardo. A Pasta alega que não encontrou indícios de que tal prática realmente acontecia.
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