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Hospital Brasil cria sala para parto humanizado

Unidade de saúde de Santo André realiza 80 procedimentos naturais e 200 cesáreas por mês

Por Bia Moço
Do Diário do Grande ABC
20/02/2019 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


 Com a proposta de ampliar o número de partos humanizados, o Hospital e Maternidade Brasil, na Vila Dora, em Santo André, passou a oferecer às gestantes sala específica, batizada de Delivery Room. Localizado em área anexa ao centro obstétrico, o espaço pretende proporcionar momento acolhedor às mulheres que dão à luz. Em duas semanas de operação, o local foi palco de 20 nascimentos.

O Hospital e Maternidade Brasil realiza, por mês, cerca de 80 procedimentos naturais e 200 cesáreas. Segundo o diretor médico da unidade, Cesar Torres, o interesse pelo procedimento vem aumentando. “A evolução para a escolha do parto normal está crescendo. Hoje, a procura é de 50%, mas ainda há mais cesáreas por indicação médica e, muitas vezes, no meio do parto normal pode haver intercorrência e temos de recorrer a cirurgia. No entanto, temos observado evolução quanto à procura humanizada.”

O diretor explica ainda que a criação da Delivery Room vai colaborar para reduzir a demanda reprimida pelo parto humanizado. “A procura pelo modelo aumentou e, na região, ainda não era ofertado (pela Rede D’or). A ideia é seguir proporcionando atendimento eficaz, com equipe preparada e estrutura segura, mas agora, com um adendo, tendo sala preparada para ser mais aconchegante e deixar a mãe tranquila.”

O local conta com cama, banheira de relaxamento, iluminação especial com frequência tranquilizante, além de instrumentos de relaxamento para musculatura pélvica. Outro diferencial é que o espaço permite que o pai, ou acompanhante escolhido, possa ver todo o procedimento.

Pelo lado da segurança, equipe de enfermagem e obstetrícia também observa o trabalho de parto. O anexo conta ainda com instrumentação necessária para intervenções médicas e, caso haja intercorrência, está localizado ao lado do centro cirúrgico.

Torres observa ainda que, embora o procedimento natural seja cada vez mais disseminado, é preciso quebrar o paradigma social, já que tanto a equipe médica como as futuras mamães e familiares tendem a ser favoráveis ao parto cirúrgico. “Buscamos fazer cesárea somente naquelas mães que têm indicação cirúrgica médica, seja por risco a ela ou ao feto. Se há condições físicas e de saúde, o mais indicado é que a criança nasça da forma mais natural possível.”

 

 




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