Protetor solar é muito importante, principalmente para quem vive em locais com muito sol, como o Brasil. Pode ser chato usá-lo diariamente, mas é fundamental para prevenir doenças de pele, como o câncer.
Os mais branquinhos precisam de atenção redobrada, mas engana-se quem pensa que só eles têm de aplicar o produto; todos, sem exceção, devem usá-lo. O protetor impede a passagem total da radiação (chamada de ultravermelha), que é dividida em dois tipos: os raios UVA, que fazem muito mal e entram na camada mais profunda da pele, e os UVB, que atingem a superfície e causam vermelhidão.

Não adianta usar só um pinguinho. Tem de aplicar o produto com o FPS (Fator de Proteção Solar) correto (veja ao lado), em quantidade suficiente para cobrir todo corpo e meia hora antes de sair de casa. Depois repita a cada três horas.

Os efeitos nocivos se acumulam com o tempo. Se abusar agora, sentirá as maiores consequências no futuro. Além do risco do câncer de pele, que pode matar, tomar sol em demasia provoca envelhecimento precoce, fazendo com que a pessoa pereça velha mais cedo.

Não se pode esquecer ainda que a exposição excessiva pode causar outro problema perigoso, a insolação. Além de queimaduras doloridas, provoca desidratação, mal-estar, febre e vômito. Se isso ocorrer, é preciso procurar um médico.

Entretanto, um pouco de sol antes das 10h e depois das 16h (período em que é mais fraquinho) faz bem à saúde e é fundamental para o desenvolvimento. O organismo só produz vitamina D se receber radiação solar.
Consultoria de Daniela Taniguchi de Barros, professora de Dermatologia da Faculdade de Medicina do ABC

Está nublado? Também precisa
O mormaço, comum nos dias nublados de verão, também queima. Por isso, não dá para esquecer de passar protetor nem nos dias em que o céu está coberto por nuvens. Os especialistas também indicam uso de boné ou chapéu para proteger o couro cabeludo, orelhas e rosto (partes do corpo muito sensíveis) e óculos de sol. A luz solar refletida na areia pode causar danos aos olhos, principalmente nos mais claros.
Para brincar na praia é melhor usar camiseta de algodão. Também é legal ficar embaixo do guarda-sol (sempre com protetor na pele), de preferência feito de lona e de cor clara, que absorve menos calor; os desse tipo protegem melhor do que os de náilon, que deixam as radiações passarem.

Todo mundo tem de usar
A gente já nasce com proteção natural contra a radiação, que é a melanina, substância que dá cor à pele e aos pelos. Quanto mais sol se toma, mais ela é produzida; por isso, fica-se bronzeado. Apenas quem nasce com albinismo não a tem.
Quem é bem branquinho tem menos melanina, ficando mais desprotegido. Já os negros têm muita dessa substância, mas isso não significa que não precisem passar protetor. Ficar muito tempo embaixo do sol pode manchar a pele e, apesar de menos frequente nessa população, causar câncer.
Ninguém - qualquer que seja a cor da pele - deve usar protetor caseiro ou qualquer outra receita feita em casa e depois tomar sol. Esses produtos podem causar queimaduras terríveis e manchas para o resto da vida.

- O FPS (Fator de Proteção Solar) é indicado na embalagem por um número e serve para mostrar quanto tempo a pele pode ficar exposta. Se o fator for 15 (o mínimo indicado), por exemplo, significa que a pessoa pode permanecer embaixo do sol 15 vezes mais tempo do que se não usasse o produto. Cada pessoa tem um FPS ideal. Isso depende principalmente da cor da pele; brancos precisam de fator acima de 30. Apesar de tudo, nenhum protetor solar protege completamente a pele dos raios ultravioletas.

- Lucas Vassalo Cristiano, 11 anos, de São Caetano, nem sempre gosta de passar protetor solar porque, na opinião dele, gasta muito tempo. Mesmo assim, sabe da importância de aplicar o produto. "Tenho de usar para não me queimar. Sempre me arrependo quando não passo. Fico muito vermelho."