No Interior, quando se vive uma situação tensa, e a pessoa é confrontada a tomar uma decisão difícil, usa-se a expressão “hora de a onça beber água”. É a hora do vamos ver. Este é o sentimento vivido por boa parte dos prefeitos eleitos em outubro, às vésperas de assumirem seus postos. Uma pauta extensa de problemas em suas cidades os aguarda para oferecer respostas à população. Estariam preparados? Nesse vácuo, enquanto aguardam a posse a 1º de janeiro de 2017, surgem diversas iniciativas com a finalidade de antecipar treinamento aos novos agentes públicos, bem como a seus assessores técnicos. Legislação, jurisprudência e conjuntura são dinâmicas. Neste mês, um encontro na Capital reuniu gestores municipais e um grupo de 30 prefeitos recém-eleitos de todo o Estado para discutir as oportunidades e desafios em seus mandatos próximos. “Em tempos de crise econômica e descrença da população nos políticos brasileiros, é preciso traçar um plano assertivo e que priorize as necessidades mais emergenciais de cada município”, justifica Marcelo Palavéri, presidente do IPGM (Instituto Paulista de Gestão Municipal), promotor do encontro. A pauta abordou temas como Contratos Administrativos, Educação, Finanças Públicas, Licitações, Mobilidade Urbana, Previdência Municipal, Terceirização de Serviços, IEGM (Índice de Efetividade da Gestão Municipal), Terceiro Setor, Tribunal de Contas e Responsabilidade dos Prefeitos.

Na Justiça
Enquanto isso, municípios brasileiros começam a entrar com ações judiciais para garantir direito a parte do dinheiro arrecadado no País com a multa do programa de repatriação de recursos mantidos irregularmente por brasileiros no Exterior.

Desafio global
Foi lançada no México na sexta-feira rede de prefeitos motivados pelos temas de transparência na gestão pública. Trata-se de um movimento global anticorrupção, que fará ressoar o assunto no próximo dia 9 de dezembro pela ONU (Organização das Nações Unidas) em Paris, na França, com o objetivo de valorizar o combate à corrupção pelos governos locais. Ou seja, o problema é global, mas a ação deve ser local.

No Brasil
Dados do Índice de Percepção da Corrupção 2015, da organização Transparência Internacional, aponta que o Brasil perdeu sete posições no ranking internacional no espaço de um ano. Uma cartilha da Confederação Nacional de Municípios alerta: “Uma gestão bem-sucedida passa necessariamente pelo cumprimento dos princípios constitucionais, e o primeiro deles é o da legalidade, que precisa ser observado em todas as práticas administrativas, já que ao gestor público somente é permitido fazer aquilo que a lei expressamente autoriza”.

Hotelaria hospitalar se mexe
Profissionais do setor de hotelaria hospitalar se reuniram em Limeira na semana passada em encontro sobre o controle de infecções em ambiente hospitalar, impactos e desafios da hotelaria, humanização no setor de apoio, diferenças e benefícios em equipamentos de lavanderia, liderança com foco na gestão de conflitos em governança e gerenciamento de leitos. Participaram profissionais de Limeira, Tupã, Ribeirão Preto, Jaú, Porto Ferreira, Campinas, Piracicaba, Pirassununga, Marília e Poços de Caldas, entre outras cidades. O especialista Marcelo Boeger mandou um recado: todos os hospitais, clínicas e centros médicos devem promover a melhor experiência ao paciente, independentemente do seu poder aquisitivo, seja o local particular ou SUS.

Turismo regional
Na quarta-feira será realizado em Águas de São Pedro o Fórum Desenvolvimento do Turismo Regional, com a presença de representantes dos municípios parceiros de programa criado pelo Senac. O evento promete apresentar projetos de desenvolvimento de turismo regional e discutir uma proposta de política pública estatal de regionalização do turismo. As regiões turísticas participantes do encontro são: Serra do Itaqueri, Roteiro dos Bandeirantes, Jaú, Polo Cuesta, Vale do Paraíba, Vale do Ribeira, ABC-Tur, Histórias e Vales, que englobam perto de 100 municípios paulistas.

Turismo regional – 2
Em geral, estas cidades enfrentam problemas que prejudicam a exploração do potencial turístico, como má conservação de vias de acesso, falta de capacitação dos envolvidos no atendimento ao público, escassez de locais para hospedagem, inexistência de estrutura para turistas com dificuldade de locomoção, carência de roteiros de visitação, entre outros. Os participantes tentarão propor saídas para vencer esses gargalos e incrementar o turismo no Estado.