Vai ficar mais fácil apontar problemas existentes em Santo André e cobrar providências das autoridades. Entra no ar em 18 de novembro aplicativo da ouvidoria da cidade, que funcionará em celulares com os sistemas Android, no primeiro momento, e IOS, até o fim do ano. O programa foi desenvolvido por alunos da Fundação Santo André.

“Por que o cidadão, ao ver um buraco na rua, precisa ir até em casa, acessar o site da ouvidoria e depois fazer a reclamação, se já existe tecnologia capaz de permitir a reclamação imediata?”, questiona o ouvidor andreense, José Luiz Ribas Junior, 41 anos, que está no segundo mandato.

A resposta foi dada pela tecnologia. Todos os serviços prestados pela ouvidoria física, que funciona no piso térreo do prédio da Prefeitura de Santo André, e também pela on-line estarão disponíveis no aplicativo. “Se o munícipe não quiser se identificar, o programa garante o sigilo, como se o atendimento fosse presencial”, diz Ribas Junior.

O aplicativo, acredita o ouvidor, vai ajudar a dar vazão à demanda reprimida. No ano passado, os canais tradicionais do órgão de defesa dos interesses do cidadão registraram 8.000 pleitos. “Podemos imaginar que existe espaço para aumentar esse número, pois temos município com 710 mil habitantes e 174 quilômetros quadrados de área”, ilustra.

Ribas Junior acredita que as reclamações via aplicativo seguirão a mesma proporção do escritório físico e da página da ouvidoria na internet. Questões de zeladoria da cidade, como buraco em ruas e poda de árvore, devem ser as mais frequentes. A informatização do sistema permite que os pleitos sejam recepcionados em 30 minutos – antes da digitalização dos processos, a espera era de até cinco dias.

Acionada pela ouvidoria, a administração, o que inclui autarquias como o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), tem prazo de, no máximo, 20 dias corridos para responder às indagações dos munícipes. Ribas Junior comenta que, desde que chegou ao comando, cobra mais consistência das manifestações do governo.

“Acabamos com a resposta burocrática, de que a demanda solicitada estava ‘na programação’. É preciso ser mais efetivo na resposta, dar prazo. E, se não for possível atender, explicar por que”, finaliza o ouvidor andreense.